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Mostrando postagens de 2008

Li e recomendo

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"Leia tudo que puder, mas não se esqueça jamais: a Bíblia Sagrada é o Livro dos livros, a santa e bendita Palavra de Deus. Leia-a hoje; leia-a sempre." Leituras 2008 1. A cidade do sol - Khaled Hosseini - Ed. Nova Fronteira 2. Quando Niestzche chorou - Irvin D. Yalom - Ediouro 3. À procura de Deus - A.W. Tozer - Ed. Betânia 4. Descobrindo Deus nos lugares mais inesperados - Philip Yancey - Ed. Mundo Cristão 5. Jesus - o maior de todos - Charles Swindoll - Ed. Mundo Cristão Leituras 2007 1. Lições de Mestre - Mark Shaw - Ed. Mundo Cristão 2. Iracema - José de Alencar 3. O caçador de Pipas - Khaled Hosseini - Ed. Nova Fronteira 4. Igreja - por que me importar? - Philip Yancey - Ed. Sepal 5. Outra espiritualidade - Ed René Kivitz - Ed. Mundo Cristão 6. O monge e o executivo - James C. Hunter - Ed. Sextante 7. O pastor aprovado - Richard Baxter - Ed. PES 8. Uma igreja sem propósitos - organizado por Jorge Henrique Barros - Ed. Mundo cristão 9. Uma nação sob a ira de Deus - Marti

C.S. Lewis

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CLIVE STAPLES LEWIS (1898-1963) foi um dos gigantes intelectuais do século XX e indubitavelmente o mais influente escritor cristão de seus dias. Foi professor da Universidade de Oxford e da Universidade de Cambridge. Suas valiosas contribuições nos campos da crítica literária, literatura infantil, literatura de ficção e teologia trouxeram-lhe notoriedade e prestígio. C.S. Lewis começou sua vida intelectual como solitário adolescente, preso na penumbra de um internato inglês. Diante do peso dos conflitos que levariam à I Guerra Mundial, evaporou-se repentinamente sua fé. Começou, então, a longa trajetória do escritor - um caminho tortuoso cheio de armadilhas e labirintos. Lewis quis redescobrir a alegria que experimentara quando criança. Almejava o momento mágico de epifania que daria sentido à vida. Até que finalmente pudesse voltar ao pleno cristianismo, sua jornada pelo ateísmo foi árdua. O resultado é um mapa de travessia pelo caminho minado da filosofia secular. Seus livros já vend

A estrada

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"A ESTRADA é sempre melhor que a estalagem". Essas palavras do grande escritor espanhol Cervantes significam uma maneira de viver. Em meus dias de moço, sempre achei muito difícil alcançar determinado objetivo, acabar determinado trabalho. Quando chegar lá, pensava, sentirei satisfação e recompensa. Mais tarde, porém, vim a compreender que toda realização, como toda estalagem, é somente um ponto na estrada. O real valor da vida vem com a própria jornada, com o esforço e o desejo de mantermo-nos em movimento. Agora descubro que, com meus 84 anos, posso olhar para trás com prazer e, o que é ainda mais importante para mim, olhar para frente com esperança e desejo. Aprendi a considerar cada estalagem ao longo da estrada não como um ponto de chegada, mas como um ponto de partida para um novo e melhor esforço. Maurice Maeterlinck em "Os mais belos pensamentos de todos os tempos" - ACIGi - Rio de Janeiro, p.38.

Dores Agudas

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Ricardo Gondim Não me ressinto pelo que já sofri. Não me inquieto com a angústia que me assedia. Não esperneio, não fujo, não reluto, com o desespero que ainda vai chegar. (Deus teve apenas um filho sem pecado, mas nenhum sem sofrimento). Depois de mais de meio século de vida, descobri, finalmente, o que me magoa. Querer repartir verdades que me entusiasmam e perceber que produzo inquietação. Não encontrar ouvidos interessados nas descobertas que iluminam a minha alma. Sentir-me estrangeiro entre antigos irmãos. Ofertar o melhor do meu coração e acabar sob suspeita de ser manipulador. Tentar fazer o bem e ver-me odiado. Não conseguir transformar vaidade em admiração, coleguismo em amizade, bajulação em honra, ousadia em sensibilidade e zelo em delicadeza. Saber que me retalharam junto com a pizza do domingo. Saber dos boatos que pessoas más inventaram e não ter como desmenti-los. Perder possíveis irmãos porque fui infeliz com uma palavra mal escrita ou com uma colocação tempestiva em a

O que o cristianismo é

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NO ANO 180 o mártir Speratus respondeu ao cônsul Saturnino que lhe perguntara o que era o cristianismo: "Si tranquillas praebueris aures tuas, dico mysterium simplicitatis". Traduzindo: "Se mantiveres os ouvidos atentos, revelar-te-ei o mistério da simplicidade". (Leonardo Boff em " Experimentar Deus " - Verus Editora, p.141)

Sexo e espiritualidade

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Será que podemos substituir de forma tão direta um impulso (o da união espiritual) por outro (o da união física)? Duvido disso. Afinal, no jardim do Éden, quando Adão tinha perfeita comunhão espiritual com Deus, mesmo naquela época sentiu solidão e anseios que não encontraram alívio antes de Deus criar Eva. Em vez de contrapor a sexualidade à espiritualidade, uma rivalizando com a outra, eu as vejo profundamente relacionadas. Quanto mais observo a obsessão de nossa sociedade com a sexualidade, mais percebo nisso uma sede de transcendência. (...) Quando a sociedade obstrui de forma tão abrangente a sede humana por transcendência, devemos nos surpreender que tais anseios se redirecionem para uma expressão de mero apego ao físico? Talvez o problema não seja que as pessoas estejam se despindo, mas que elas não estejam se despindo o suficiente: paramos na pele em vez de ir mais fundo, de ir até a alma. (Philip Yancey em " Descobrindo Deus nos lugares mais inesperados ", pág. 26-27

O dia D

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Weslei Odair Orlandi Tenho para mim que a maior lição que a China ensinou para o mundo na realização dos jogos olímpicos de 2008 foi sobre como preparar-se bem para o dia de um grande evento. Desde a meticulosa construção do deslumbrante Ninho dos pássaros até os mais imperceptíveis detalhes, nada escapou do golpe de vista chinês. A necessidade de provar para o mundo sua capacidade de superação histórica e seu potencial para lidar com grandes desafios levou-os quase à perfeição. No entanto, as olimpíadas passaram e os elogios à China também. Todavia, nós, Igreja de Jesus, continuamos os preparativos para o grande evento que na linguagem bíblica recebe, ora o nome de “Aquele Dia”, “Último Dia”, “Dia do Fim”, ora “Dia do Senhor”. Como cristão creio que Deus está no controle de tudo, não porque manipule os processos históricos o tempo todo, mas porque tem poder e autoridade para intervir quando, onde e da forma que quiser. Para mim, três elementos são indiscutíveis: a história caminha em

Cegueira branca

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Weslei Odair Orlandi Esta semana chega aos cinemas do Brasil a versão cinematográfica do livro “Ensaio sobre a cegueira”, escrito pelo Nobel de literatura José Saramago. A história baseia-se numa tal “cegueira branca” que atinge primeiro os moradores de uma cidade não identificada e que, lentamente, se espalha país afora. Aos poucos, todos acabam cegos e reduzidos à obscuridade, a meros seres lutando por seus instintos. Desde que tomei esse livro em minhas mãos pela primeira vez e o li, lembrei-me de Laodicéia, a sétima igreja mencionada por João no Apocalipse. Infelizmente não sabemos se essa igreja usou o colírio prescrito por Jesus para recobrar a sua visão, entretanto sabemos com certeza que ela estava sofrendo de uma grave patologia comunitária – um tipo (infelizmente) não muito raro de cegueira coletiva. Apesar de ser uma igreja importante na Ásia, os cristãos de Laodicéia estavam enfermos e nem se davam conta disso. Faltava-lhes a capacidade de perceber com clareza o seu verdade

Deus estava descendo uma estrada de terra

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Estou no início da minha história, mas acredito que chegarei à eternidade; e no paraíso refletirei sobre esses velhos dias, dias em que parecia que Deus estava descendo uma estrada de terra na minha direção. Anos atrás, ele era um ponto oscilante e distante; agora ele está perto o bastante para que eu consiga ouvi-lo cantar. Logo verei os traços do seu rosto. (Donald Miller em " Como os pingüins me ajudaram a entender Deus ", pág. 11 - Ed. Thomas Nelson Brasil)

Pobres em Espírito

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Weslei Odair Orlandi Segundo o dicionário Aurélio "pobre"é toda pessoa que não tem o necessário à vida; sem recursos. Acredito que Jesus também pretendeu essa conotação, embora em termos espirituais, quando afirmou "Bem-aventurados os pobres em espírito, pois deles é o Reino dos céus." De acordo com suas palavras "felizes são aqueles que sabem que não têm em si mesmos os recursos necessários para conquistarem o Reino dos Céus". Jesus excluiu qualquer possibilidade de que alguém se apodere do Reino por meio de ações meritórias. O Reino de Deus não será dado àqueles que julgam possuir alguma virtude que os torne aptos para tal façanha. Será destinado àqueles que não têm a mínima condição (e que sabem disso) de possuirem com ações particulares de justiça as moradas eternas e que por isso dependem inteiramente da graça bendita de nosso Senhor Jesus.

Escrever, escrever.

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Graciliano Ramos DEVE-SE ESCREVER da mesma maneira como as lavadeiras lá de Alagoas fazem seu ofício. Elas começam com uma primeira lavada, molham a roupa suja na beira da lagoa ou do riacho, torcem o pano, molham-no novamente, voltam a torcer. Colocam o anil, ensaboam e torcem uma, duas vezes. Depois enxáguam, dão mais uma molhada, agora jogando a água com a mão. Batem o pano na laje ou na pedra limpa, dão mais uma torcida e mais outra, torcem até não pingar do pano uma só gota. Somente depois de feito tudo isso é que elas dependuram a roupa lavada na corda ou no varal, para secar. Pois quem se mete a escrever devia fazer a mesma coisa. A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer. (Graciliano Ramos na última capa de "Angústia" - Editora Record)

Ainda outros conselhos (in)viáveis.

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Ricardo Gondim. Mesmo se as trancas não cederem, os corredores escuros alongarem e as pontes penderem inacabadas, cubra-se com os matizes da coragem. Transforme-se em levedo que se infiltra na massa que descansa. E tenha paciência para crescer. Mesmo quando as trincheiras inundarem, o fogo inclemente alastrar-se e as ambulâncias enguiçarem, revista-se com os jalecos da dignidade. Assuma o comando dos veleiros rotos. E siga por mares inexplorados. Mesmo quando as datas se mostrarem aborrecidas, as lâmpadas bruxulearem e os sacerdotes fizerem greve, colonize-se com as regras da poesia. Lidere excursões pelos labirintos da eternidade. E repita os adágios do profeta do metrô. Quando as pedreiras resistirem a dinamite, balance o dedo na cara da desilusão e grite: não desistirei. Jogue os escrúpulos sociais pela janela e grite: não estou nem aí. Aproveite o instante fugidio e grite: como ninguém vai acrescentar um côvado à minha vida, vou viver. Soli Deo Gloria.

Philip Yancey fala sobre "Deus"

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Nossas impressões costumeiras de Deus podem ser muito diferentes do que a Bíblia realmente retrata. Nos livros de teologia lemos sobre os decretos de Deus, e características como onipotência, onisciência e imutabilidade. Estes conceitos encontram-se na Bíblia, mas bem escondidos, e é necessário esforço para vê-los. Leia as Escrituras e você encontrará não uma névoa indistinta, mas uma Pessoa Real. Deus sente prazer, raiva e frustração. Uma vez após outra se choca com o comportamento humano. Algumas vezes, depois de decidir agir de uma forma, Ele "muda de idéia". (Philip Yancey - "Perguntas que precisam de respostas", pág. 13 - Ed. Textus)

Possibilidades que a conversão não exclui

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Weslei Odair Orlandi Gostaria de poder dizer que o “tudo se fez novo” de 2 Coríntios 5:17 inclui também a impossibilidade de cometer novos erros na caminhada. Não posso. Pelo menos não para aqueles que ainda não se desvencilharam do invólucro terreno. É claro que Paulo estava certo ao dizer que “se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”. Porém, preciso fazer aqui algumas considerações. O que de fato passa e o que não passa no momento da nossa inserção mística no corpo de Cristo? A conversão a Cristo é realmente um grande mistério. Nela está a gênese do grande e maior propósito de Deus para a humanidade: resgatar em nós a imago Dei, patrimônio espiritual que perdemos em Adão. A conversão é um instante singular na vida de quem a experimenta. Num piscar de olhos, isto é, um segundo depois de sua entrega a Cristo e, pronto, as coisas velhas passam, o que era velho se faz novo, o pecador torna-se ex-pecador. Ainda que os seus pecados

Excerto de "A metamorfose"

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Quando certo manhã Gregor Samsa acordou de sonhos intranqüilos, encontrou-se em sua cama metamorfoseado num inseto mosntruoso. (Cap. 1) (...) O grave ferimento de Gregor, que o fez sofrer mais de um mês - a maçã ficou alojada na carne como uma recordação visível, já que ninguém ousou removê-la -, parecia ter lembrado ao pai de Gregor, a despeito de sua atual figura triste e repulsiva, era um membro da família que não podia ser tratado como um inimigo, mas diante do qual o mandamento do dever familiar impunha engolir a repugnância e suportar, suportar e nada mais. (Cap. 3) (Franz Kafka em "A metamorfose", pág. 7,59 - Cia das Letras)

Borbulhar de igualdade

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Este deslocamento, que dá ao plebeu um nome "elegante", e um nome camponês ao aristocrata, nada mais é que um borbular de igualdade". (Victor Hugo em "Os miseráveis - vl. 1, pág. 168 - Ed. Martin Claret)

Figuras Suspeitas

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Essas pessoas pertenciam àquela classe bastarda, composta de gente grosseira que subiu na vida e de gente inteligente decaída, que está entre as chamadas classe média e classe inferior, e que combina alguns dos defeitos da segunda com quase todos os vícios da primeira, sem ter o generoso impulso do operário, nem a honesta ordem do burguês. Eram dessas figuras anãs, que se tornam monstruosas se por acaso forem aquecidas por algum fogo sombrio. Havia na mulher um fundo tosco e no homem um estofo de velhaco. Amnbos eram extremamente suscetíveis àquele tipo de progresso abjeto que se faz no sentido do mal. Exsitem almas que, como os caranguejos, recuam continuamente para as trevas, retrocendendo mais do que avançando na vida, empregando a experiência para aumentar sua deformidade, piorando sem cessar, e impregnando-se mais e mais com uma crescente perversidade. Aquele homem e aquela mulher eram almas assim. (...) Basta olhar para certos homens e desconfiar deles, porque logo pode-se senti-

A vida é...

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A vida é... "A vida é uma mesa posta, com venenos mortais, pratos insossos e outros deliciosos. Alguns conscientemente escolhem veneno, achando que viver é sofrer, e ponto final. Outros comem - e vivem - sem sal. Mas há os que, quando podem, pegam as delícias da vida e assim se salvam da areia movediça da depressão". (Lya Luft em "Pensar é transgredir", Ed. Record - pág. 46)

Pensar é transgredir.

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"Quando menos se espera ele chega, o sorrateiro pensamento que nos faz parar. Pode ser no meio do shopping, no trânsito, na frente de tevê ou do computador. Simplesmente escovando os dentes. Ou na hora da droga, do sexo sem afeto, do desafeto, do rancor, da lamúria, da hesitação e da resignação. Sem ter programado, a gente pára para pensar. Pode ser um susto: como espiar de um berçário confortável para um corredor com mil possibilidades. Cada porta, uma escolha. Muitas vão se abrir para um nada ou para um absurdo. Outras, para um jardim de promessas. Alguma, para a noite além da cerca. Hora de tirar os disfarces, aposentar as máscaras e reavaliar: reavaliar-se. Pensar pede audácia, pois refletir é trasngredir a ordem do superficial que nos pressiona tanto. (...) Pensar não é apenas a ameaça de enfrentar a alma no espelho: é sair para as varandas de si mesmo e olhar em torno, e quem sabe finalmente respirar". (Lya Luft em "Pensar é transgredir&q

A onda e a sombra

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Ainda não me descobri um escritor. Que pena. Falta-me berço, base e erudição. Quem escreve capta o que todos sabem, mas não conseguem dizer. Quando lemos nos tornamos parte de um mundo que nos parece familiar, mas ao mesmo tempo desconhecido. Fui afortunado nestes últimos dias ao iniciar a leitura de “Os miseráveis”, clássico mundial escrito por Victor Hugo em 1862. Sua pena foi lancinante. Suas idéias profundas e reveladoras. Em meio a tantas riquezas oriundas de sua obra, garimpei um trecho para compartilhá-lo com você. Por favor, leia essa metáfora, sem pressa, e com a alma desprotegida. (...) “Homem ao mar! Que importa? O navio não pára. O vento sopra, o sombrio navio continua em sua rota forçada e passa. O homem desaparece, depois reaparece, mergulha e volta à tona, chama, estende os braços; ninguém o ouve. O navio, estremecendo sob o tufão, está voltando a suas manobras; nem os marujos nem os passageiros vêem mais o homem submerso; sua cabeça é apenas um ponto escuro na imensidão

Ovelhas e ovelhas

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Weslei Odair Orlandi Tomo a liberdade de parafrasear o escritor Ed René Kivitiz para dizer que há além de pastores e pastores também ovelhas e ovelhas. Não é difícil perceber isso. Basta olhar um pouco à nossa volta para chegar-se à conclusão de que existem, pelo menos, dois tipos de ovelhas no aprisco. O primeiro tipo chamo de “ovelha-lobo”. São ovelhas corrompidas. Algumas conscientemente, outras sinceramente enganadas. São corrompidas no entendimento da Palavra. Utilizam a fé para alcançar seus objetivos egoístas, servir seus próprios interesses. Para elas Cristo é apenas um detalhe e sua mensagem um obstáculo incômodo. Vivem entre seus irmãos de fé, mas não têm sentimentos próprios de uma ovelha. No papel que representam junto aos demais conseguem enganar os menos esclarecidos. Fingem amar a Deus, mas negam-no com suas ações. Estão sempre aprendendo, mas jamais conseguem chegar ao conhecimento da verdade. Não irão longe, porém; por resistirem à verdade e à transformação que deveria

Porque não paro de ler

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Weslei Odair Orlandi Segundo André Perissé “ler é bom demais. Ler é ótimo. Ler é mais do que necessário. Enriquecedor. Imprescindível”. Por isso eu leio. Por isso eu não paro de ler. As minhas primeiras lembranças sobre livros que manuseei remontam aos meus dias de analfabetismo. Eu ainda era um incauto absoluto na arte das letras quando já me sentia dominado por uma paixão avassaladora por elas. Costumava brincar com um caderno e uma caneta, rabiscando páginas e páginas. Depois que aprendi ler e escrever, comecei usar uma placa de ferro utilizada pelo governo para anunciar suas obras para escrever com pequenos torrões encontrados no quintal da minha casa e também a escrever no ar. Aluno assíduo da escola bíblica, sempre li a Bíblia e outros livros infantis. Quando inauguraram a biblioteca pública da minha cidade, tornei-me um verdadeiro “rato”. Costumava passar horas e horas lendo. Lia tudo, desde literatura infantil até os clássicos, passando também pelas biografias, teses, poesias e

Por falta de assunto

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Weslei Odair Orlandi Por falta de assunto, resolvi escrever. Mas escrever o quê? Assunto não falta, o que falta é saber sobre que assunto escrever. Assunto é aquilo de que se trata, que é matéria ou objeto de consideração. Assunto é aquilo que desperta interesse, que chama atenção. Resolvi escrever. Mas escrever o quê? Assunto não falta, o que falta é saber que assunto interessa quem lê. Existem muitas formas de assunto e muitos assuntos sem forma, sem informação, sem eira nem beira, que servem pra tudo menos pra ser chamado de assunto. Outro dia me vi em apuros. Encontrei-me com um amigo, desses que acha assunto e tempo pra tudo. No primeiro instante decidi que não iria agüentar muito daquela tagarelice sem fim, verborragia inútil, palavrório em cascata, mas com poucas idéias. Maquinei um jeito de escapar; disse a ele que o assunto era bom, mas que precisava ir embora. De empolgado que estava, nem me ouviu, ou se ouviu, fingiu não ouvir. Continuou falando, e falando falou até que, de

Pensamentos

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Weslei Odair Orlandi Fitafuso, o experiente diabo velho e tio do jovem diabo Vermebile, é apenas um personagem no imaginário da obra de C.S. Lewis, porém as palavras que foram postas em seus lábios pela habilidade excêntrica do autor em “Cartas de um diabo a seu aprendiz” deixam lições surpreendentes a todos os leitores. Num discurso zombeteiro e irônico sobre os humanos Fitafuso adverte Vermebile que o grande propósito deles não é enfiar idéias em suas cabeças, mas deixá-las de fora. O que eles querem é evitar que olhem para Deus e voltem-se para si mesmos. É engraçado como nos vemos fazendo parte desta engrenagem sutil sem que demos conta disso. O homem jamais vive à margem dos pensamentos. Descartes afirmou: “Cogito ergo sum” (Penso, logo existo); assim, existimos porque pensamos. Os pensamentos jamais podem ser aniquilados ou preteridos em nossas mentes. Precisamos, em vez de lutar para apagá-los, usar a esperteza que Deus nos deu e reorganizar nossas mentes substituindo pensamento