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Mostrando postagens de 2010

As mariposas e o mistério da luz.

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Numa fábula árabe, as mariposas queriam entender sobre a luz. Elas desejavam saber o segredo de se sentirem tão fascinadas pela chama de uma vela. O que as deslumbrava? Seria a luz ou o calor? Pediram a ajuda da mariposa-rainha. Depois de meditar sobre o assunto, ela aconselhou que cada uma, individualmente, procurasse encontrar a resposta. Todas saíram procurando desvendar o mistério do fogo. Passado algum tempo, uma mariposa voltou cega de um olho, afirmando que havia chegado perto demais e que a luminosidade da vela a tinha ofuscado, e que continuava sem entender os mistérios da luz. Outra voltou com uma asa queimada, reconhecendo que sua experiência não fora satisfatória. Por séculos, as mariposas não entenderam por que a luz as extasiava tanto. Até que um dia uma voou na direção de uma lamparina com tanta determinação que morreu queimada. Nesse dia, a mariposa-rainha falou: "Somente esta mariposa conheceu o mistério do fogo, mas nós nunca saberemos". Moral : O encontr

Lembrete aos pastores.

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Os pastores estão esquecendo do principal. Não fomos chamados para ter ministérios bem-sucedidos, mas para continuar o ministério de Jesus, que foi amigo dos pecadores e compassivo com os pobres, e identificou-se com as dores das viúvas e dos órfãos. Ser pastor não é acumular conquistas acadêmicas, não é conhecer políticos poderosos, não é ser um gerente de grandes empresas religiosas, não é pertencer aos altos escalões das hierarquias religiosas. Pastorear é conhecer e vivenciar a intimidade de Deus com integridade. Pastorear é caminhar ao lado da família que acaba de enterrar um filho prematuramente e que precisa experimentar o consolo do Espírito Santo. Pastorear é ser fiel a todo o conselho de Deus; é ensinar ao povo a meditar na Palavra de Deus. Ser pastor é amar os perdidos com o mesmo amor com que Deus os ama.  (Ricardo Gondim em "O que os evangélicos [não] falam" , pág. 141 - Editora Ultimato)

A mensagem fundamental da religião.

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Acredito que a mensagem fundamental da religião não é a de que somos pecadores porque não somos perfeitos, mas a de que o desafio de ser humano é tão complexo, que Deus não perde tempo esperando de nós a perfeição. A religião vem para purificar-nos de nosso sentimento de desvalia e para assegurar-nos de que, quando tentamos ser bons, e não conseguimos ser tão bons quanto desejávamos ser, não perdemos o amor de Deus... A religião é a voz que diz: "eu vou guiá-lo através desse campo minado das difíceis escolhas morais, compartilhando com você a percepção e a experiência das grandes almas do passado, e vou lhe oferecer o conforto e o perdão quando você estiver perturbado pelas escolhas dolorosas que fez". (Harold Kushner em " O quanto é preciso ser bom? " - pág. 7 e 26 - Exodus Editora)

Aconteceu de novo.

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Weslei Odair Orlandi          Aconteceu de novo. Janeiro chegou, o carnaval passou, a páscoa foi celebrada, o inverno assustou quem não gosta de frio, ricos foram enterrados, mineiros foram soterrados – e também desenterrados, mulheres foram violentadas, casas desabaram, aviões caíram, trens descarrilaram, carros se chocaram, crianças morreram em filas do SUS, velhos foram maltratados, políticos corruptos foram desmascarados, bancos prosperaram, empresas faliram, casais se apaixonaram, famílias se desintegraram, geleiras derreteram, debates dividiram a opinião da população, mentiras foram contadas, verdades foram ocultadas, morros foram invadidos, bandidos fugiram, policiais reagiram, jovens protestaram, torcidas se enfrentaram, Dilma venceu, Serra perdeu... Nada mudou...          Enfim, 2010 – como todos os outros 2009 anos anteriores – veio cheio de alegrias, tristezas, realizações, frustrações, protelações, surpresas (algumas boas, outras nem tanto), repetições (algumas vãs, outras

Não seja um "vaso cheio".

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O rio mais copioso não pode acrescentar uma gota d'água a um vaso já cheio. Pode-se explicar ao homem mais ignorante as coisas mais abstratas, se ele delas ainda não tem noção alguma; mas não se pode explicar a coisa mais simples ao homem mais inteligente, se ele está firmemente convencido de saber muito bem o que lhe quer ensinar. Leon Tolstoi  em "O reino de Deus está em vós" - Editora Rosa dos Ventos.

Vale a pena ler de novo.

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Weslei Odair Orlandi          Ricardo Gondim, pastor e escritor cearense radicado em São Paulo, tem a seguinte definição sobre o ato de ler: “Ler é bálsamo para as feridas do espírito, aragem nas ardências da alma, sedativo nas ansiedades do coração”.          Jorge Luiz Borges, romancista e poeta argentino, também arriscou sua definição sobre o ler. Mas ele foi além e fez a seguinte afirmação: “Creio que reler é mais importante que ler, embora para reler seja preciso haver lido”.          Ambos estão corretíssimos. Ler é tudo isso, e agora quem se aventura sou eu: Ler é ver para fora de si mesmo – e também para dentro – para os lados, para cima, atrás, ao perto, ao longe. Quem lê ganha olhos que veem não o visível, mas o invisível; não o objeto mas a subjetividade nele contida. A leitura erradica dos olhos existenciais as nuvens que embaçam a percepção da vida. Por isso no livro “Ler, pensar e escrever” Gabriel Perissé confirma: “Ler é bom demais. Ler é ótimo. Ler é mais do que nece

Receita para uma igreja bem sucedida.

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Ricardo Gondim Gabriel Andrada é jovem, seminarista, recém casado, e cheio de ideais. Evangélico desde o berço, diz que só se converteu de fato com 17 anos em um acampamento de carnaval. Desde a experiência de conversão, que o levou às lágrimas, participa de eventos evangelísticos de sua igreja. Agora se sente vocacionado para ser pastor. Ávido por ser “usado” por Deus, Gabriel matriculou-se em um pequeno instituto bíblico.  Gabriel me conheceu na internet e escreveu pedindo ajuda. Precisa que eu lhe ensine o “caminho das pedras” para começar uma igreja do zero. Pensei, pensei!  Sem conhecê-lo, sem saber exatamente aonde o noviço quer chegar, resolvi correr o risco de responder. Disse que para uma igreja ser bem sucedida no Brasil são necessários a combinação de pelo menos dois, de quatro ingredientes.  1) Um pastor carismático. Que tenha traquejo para falar em público com desenvoltura. Que cante afinado, ou que pelo menos comece os hinos no tom certo. Que tenha boa memória para

O inferno e eu... e também você!

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Em todas as discussões acerca do Inferno, devemos conservar o tempo todo diante dos olhos a condenação possível, não a de nossos inimigos nem a de nossos amigos (uma vez que podem perturbar a razão), mas a de nós mesmos. [A discussão acerca do inferno] não versa sobre sua mulher ou seu filho, tampouco sobre Nero ou Judas Iscariotes: ele versa sobre mim e você. (C.S. Lewis em "O problema do sofrimento ", pág. 144 - Ed. Vida)

Razão porque as aflições não podem cessar.

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Dessa forma, a terrível necessidade da tribulação mostra-se por demais evidente. Deus me teve por apenas 48 horas, e somente à força de me tirar tudo, mas basta que Ele guarde a espada por um momento para eu me comportar como um animal de estimação quando o banho odiado termina. Sacudo-me até secar-me ao máximo e corro para reassumir minha cômoda imundície, se não no monte de esterco mais próximo, ao menos no mais próximo canteiro de flores. Essa a razão por que as aflições não podem cessar enquanto Deus não nos vir transformados ou que não há esperança de transformação para nós. (C.S. Lewis em "O problema do sofrimento" , pág. 121 - Ed. Vida)

Meu twitter

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Não deixe de ser o que deve ser, mesmo que...

No lar de crianças pobres de Calcutá, na Índia, há, afixado no muro um texto que afirma o seguinte: As pessoas são irracionais, ilógicas e egocêntricas. Ame-as mesmo assim! Se você tem sucesso nas suas realizações, ganhará falsos amigos e verdadeiros inimigos. Tenha sucesso mesmo assim! O bem que você faz será esquecido amanhã. Faça o bem mesmo assim! A honestidade e a franqueza o tornam vulnerável. Seja honesto e franco mesmo assim! Aquilo que você levou anos para construir pode ser destruído de um dia para outro. Construa mesmo assim! Se você der ao mundo o melhor de si mesmo, você corre o risco de se machucar. Dê o que você tem de melhor. Mesmo assim!

Por falta de assunto.

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                                                                    Weslei Odair Orlandi          Por falta de assunto, resolvi escrever. Mas escrever o quê? Assunto não falta, o que falta é saber sobre que assunto escrever. Assunto é aquilo de que se trata, que é matéria ou objeto de consideração. Assunto é aquilo que desperta interesse, que chama atenção.          Resolvi escrever. Mas escrever o quê? Assunto não falta, o que falta é saber que assunto interessa quem lê. Existem muitas formas de assunto e muitos assuntos sem forma, sem informação, sem eira nem beira, que servem pra tudo menos pra ser chamado de assunto.          Outro dia me vi em apuros. Encontrei-me com um amigo, desses que acha assunto e tempo pra tudo. No primeiro instante decidi que não iria agüentar muito daquela tagarelice sem fim, verborragia inútil, palavrório em cascata, mas com poucas idéias. Maquinei um jeito de escapar; disse a ele que o assunto era bom, mas que precisava ir embora. Ele, de empolgado qu

A liberdade requer independência.

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As inexoráveis "leis da natureza", que operam a despeito do sofrimento ou do merecimento humano e que não são afastadas pela oração, parecem, à primeira vista, fornecer um forte argumento contra a bondade e o poder de Deus. Pretendo alegar que nem mesmo a Onipotência poderia criar uma sociedade de almas livres sem ao mesmo tempo criar uma Natureza relativamente independente e "inexorável" . (...) A liberdade de uma criatura deve significar liberdade de escolha , e esta implica a existência de coisas as quais escolher. Uma criatura sem ambiente não teria escolhas a fazer, de modo que a liberdade, a exemplo da consciência de si mesmo (se é que elas não são, na verdade, a mesma coisa), uma vez mais requer para o eu a presença de alguma coisa além do eu. (C.S. Lewis em "O problema do sofrimento" , pág. 36 - Ed. Vida)

Sobre o prazer e a alegria.

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O prazer só existe no momento. A alegria é aquilo que existe só pela lembrança. O prazer é único, não se repete. Aquele que foi, já foi. Outro será outro. Mas a alegria se repete sempre. Basta lembrar. (Rubem Alves em Um mundo num grão de areia - pág. 70. Ed. Verus)

Sobre o sofrimento.

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Quem não sofre, quando há razões para isso, está doente. Se uma pessoa querida morre e o coração não sangra, se um golpe duro da vida atinge a quem se ama e os olhos não choram, se uma desgraça cai sobre o povo e a alma não fica triste, se o fogo consome as florestas e o corpo não queima também, é porque algo está errado com a gente. Quem é feliz sempre, e nunca sofre, padece de uma grave enfermidade e precisa ser tratada a fim de aprender a sofrer. Sofrer pelas razões certas significa que estamos em contato com a realidade, que o corpo e a alma sentem a tristeza das perdas e que existe em nós o poder do amor. Só não sofrem, quando para isso há razões, aqueles que perderam a capacidade de amar. Toda experiência de amor traz, encolhida no se ventre, à espera, a possibilidade de sofrer. Assim, a receita para não sofrer é muito simples: basta matar o amor. (Rubem Alves em Um mundo num grão de areia , pág. 23-24. Ed. Verus)

Saul: seus medos, coragem e covardia.

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         Weslei Odair Orlandi Tanto a amizade, quanto a cordialidade e a  admiração de Saul para com o jovem Davi foram de curta duração. Não porque Davi tenha cometido algum delito, traição ou deslealdade, mas porque o rei de Israel era interiormente doente.          A julgar pela descrição física Saul, o primeiro israelita a usar uma coroa real, tinha todos os predicados para ser um monarca de sucesso e respeitado por todos. Jovem de boa aparência, sem igual entre os israelitas – os mais altos batiam nos seus ombros – Saul logo foi confirmado como líder da nação e o causador de momentos de grande alegria entre o povo. Tratava-se então, de um novo momento de estabilidade política e econômica para Israel. Logo, porém, surgiram as primeiras crises. Primeiro veio sua precipitação ao oferecer ele mesmo holocaustos em Gilgal, desobedecendo a ordem clara de Samuel para aguardá-lo. Depois veio seu juramento precipitado em Gibeá o que quase resultou na morte de seu filho Jônatas. Mais tar

Meu amor pelo livro.

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                                                                   Ricardo Gondim Meu pai lia obsessivamente. Todas as vezes que o surpreendia, abrindo a porta do seu quarto sem bater, eu o flagrava com um livro na mão. Ele assinava pelo menos duas revistas de notícias semanais e vários pasquins. Ele comprava folhetos subversivos não sei onde e os trazia perigosamente para casa. Papai era professor de história, mas seu fascínio maior era a II Guerra Mundial. Em sua biblioteca, sobravam tomos, fotografias e artigos sobre o conflito que marcou sua infância. Só há um tipo de consumismo que não me oponho: comprar livros. Aliás, todas as vezes que entro numa livraria, gasto mais do que posso – divido em prestações o que não consigo pagar à vista. Não cogito fazer qualquer viagem de avião sem ler o tempo todo. Só há um momento que odeio o sono, quando estou avidamente envolvido com um romance. Antigamente eu resumia minha leitura a textos conceituais, de não-ficção. Por causa d

Livros que li em julho e agosto 2010.

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Julho 1. Muito além da grande muralha - Randy Alcorn (Betânia) 2. O que estão fazendo com a igreja  - Augustus Nicodemus (Mundo cristão) 3. A morte de Ivan Ilitch - Lev Tolstoi (Editora 34) Agosto 1. A insustentável leveza do ser - Milan Kundera (Nova Fronteira) 2. Salvos da perfeiçao - Elienai Cabral Jr. (Ultimato) 3. A varanda do frangipani - Mia Couto (Cia. das Letras)

Eu, pássaro

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Weslei Odair Orlandi Quem és tu, pássaro Voando assim tão alto Tão calmo Tão solitário Visível (Invisível) Dono do céu Do azul Do sul Do norte Tão forte Tão frágil Tão ágil Quem és tu, pássaro Voando assim tão alto Roçando o céu Rasgando o véu Leva-me contigo Amigo Pra o lugar o vento vai Quem és tu, pássaro Voando assim tão alto Senão prenúncios do adeus Da viagem: minha, sua, nossa Quem és tu, pássaro Voando assim tão alto Que vem Que vai Altaneiro Livre Vendo o nada O tudo O mundo O aqui O ali Quem és tu, pássaro Voando assim tão alto Senão eu Que vou Que venho Que tenho Que sou Que não sou Estou: Hoje aqui Depois lá No céu Pássaro livre Assim Sem fronteiras Sem olheiras Só pássaro Voando Passando Flutuando Sem passado Sem presente E... Sem futuro

8 motivos para apostar nos livros

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Quem não lê bons livros não exerce influência alguma sobre quem não saber ler. Li a lista dos 8 motivos para apostar nos livros essa semana na Revista Aventuras na história.Conheça-os você também: 1. Amplia o conhecimento geral. 2. Melhora a comunicação. 3. Estimula a criatividade. 4. Aumenta o vocabulário. 5. Emociona e provoca. 6. Muda sua vida. 7. Faz pensar nas coisas. 8. Facilita a escrita. "Os benefícios da leitura são incontáveis. Por isso ler sempre é fundamental."

Meu voto vai para...

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Weslei Odair Orlandi Sou ministro, mas não político. Meu ministério é outro. Minha vocação pastoral tem mão única. Embora respeite meus colegas que optam por viver uma vida dupla – refiro-me ao ministério e à política – não penso jamais em enveredar-me por esse universo às vezes sombrio demais para não causar medo. Ainda assim, penso em política. Honrosamente também sou brasileiro, eleitor e parte dessa história. Apesar das sucessivas desilusões com a política e seus políticos, nossa fé é invencível; não desistimos nunca. Basta sabermos que é ano de eleições municipais, estaduais ou para presidente, para que voltemos a sonhar novamente. Mesmo que boa parte dos discursos não passe de retórica meticulosamente arquitetada e que não apresente nada de novo, reunimos forças para continuar acreditando e lá vamos nós em mais uma aposta. Para os políticos (ainda acredito em exceções) parece que somos mesmo massa de modelar; bastam alguns abraços seguidos de impostação voca

Sigam-me no Twitter.

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Sigam-me no twitter: www.twitter.com/prweslei A gente se tuíta!!!

Esta é toda a nossa liberdade.

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O que Fânia me escreveu era mais ou menos o seguinte: que a hereditariedade e o meio que nos alimenta, assim como a nossa classe social, são como as cartas de baralho que nos são distribuídas aleatoriamente, antes de o jogo começar. Até aí não há nenhuma liberdade de escolha - o mundo dá, e você apenas recebe o que lhe foi dado, sem nenhuma outra opção. Entretanto, assim sua mãe me escreveu de Praga, a grande pergunta é o que cada um de nós consegue fazer com as cartas recebidas. Pois há os que jogam muito bem com as cartas nem tão boas, e há, pelo contrário, aqueles que desperdiçam e perdem tudo, mesmo com cartas excepcionais! E esta é toda a nossa liberdade... Amós Oz em "De amor e trevas"

Viver

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Weslei Odair Orlandi Ter vida; existir; durar; perdurar. Estas são algumas das principais definições do verbo intransitivo “viver”. Parece simples, nem precisa de preposição ou de complementos. Não nos iludamos, porém; a completude para por aí; sequer consegue extrapolar as fronteiras do Aurélio. Viver não é simples. Não. Viver é complexo, profundo, às vezes doloroso, lamurioso. Mas também tem seus contornos de leveza, felicidade intensa, de recompensas inebriantes. Eu gosto de viver. Apesar de tudo viver é bom, muito bom. É verdade que nunca se pode saber ao certo como se viverá, pois a vida é inédita a cada milésimo de segundo. Milan Kundera tem razão: “tudo é vivido pela primeira vez e sem preparação. Como se um ator entrasse em cena sem nunca ter ensaiado”. E prossegue: “Mas o que pode valer a vida, se o primeiro ensaio da vida já é a própria vida?” Gosto da sua conclusão: “É isso que faz com que a vida pareça sempre um esboço. No entanto, mesmo esboço não é a palavra certa porque

"A insustentável leveza do ser" - Milan Kundera.

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"As nuvens alaranjadas do crepúsculo douram todas as coisas com o encanto da nostalgia, inclusive a guilhotina". - pág. 10 "Nunca se pode saber aquilo que se deve querer, pois só se tem uma vida e não se pode nem compará-la com as vidas anteriores nem corrigi-las nas vidas posteriores [mesmo porque elas não existem]. (...) Não existe meio de verificar qual é a boa decisão, pois não existe termo de comparação. Tudo é vivido pela primeira vez e sem comparação. Como se um ator entrasse em cena sem nunca ter ensaiado. Mas o que pode valer a vida, se o primeiro ensaio da vida já é a própria vida? É isso que faz com que a vida pareça sempre um esboço. No entanto, mesmo "esboço" não é a palavra certa porque um esboço é sempre um projeto de alguma coisa, a preparação de um quadro, ao passo que o esboço que é a nossa vida não é o esboço de nada, é um esboço sem quadro" - pág. 14 "As metáforas são perigosas. Não se brinca com as metáforas. O amor po

Vale a pena ler essa paráfrase.

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Weslei Odair Orlandi Leia essa paráfrase de Romanos 1.16-32 e veja quantas verdades há nesse texto bíblico: Eu não me envergonho do Evangelho de Cristo, pois ele é o empenho máximo de Deus no que diz respeito à salvação de todo aquele que crê, seja ele judeu ou não. Nele, isto é, no evangelho de Cristo está revelada não só a justiça de Deus como também sua ira quanto aos pecados dos homens. Estes, tendo todas as condições intelectuais e naturais de perceber fácil e inquestionavelmente a Deus bastando para isso olhar à sua volta, tentaram – e tentam ainda hoje – abafar, enterrar longe de seus olhos e apagar da memória tudo que possa ter qualquer relação direta ou indireta com Ele. Ao invés de buscarem conhecê-lo sendo-lhe gratos por tudo, preferiram desprezá-lo e até mesmo fazer-lhe oposição declarada; tudo isto em nome de uma pseudo-sabedoria. Dessa forma, Deus em uma manifestação justa de ira – e porque não até mesmo de misericórdia, uma vez que seu intuito ao ferir é também o de sara

Máximas de Brennan Manning sobre "Confiança"

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1. Confiança é nossa dádiva que devolvemos a Deus, e ele, a considera tão maravilhosa, que Jesus morreu por amor a ela. 2. Confiança inabalável é uma coisa rara e preciosa, pois quase sempre exige um grau de coragem que beira o heroísmo. 3. É preciso coragem de herói para confiar no amor de Deus não importa o que nos aconteça. 4. O ato de confiar com base na graça é a grande decisão da vida. 5. O caminho da confiança é um movimento em direção à obscuridade, ao indefinido, à ambiguidade, e não a um plano indeterminado e claramente delineado para o futuro. O plano seguinte revela-se a partir do discernimento de Deus agindo no deserto do momento presente.

O Deus de Israel, os deuses do Egito ou deuses de Canaã?

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Weslei Odair Orlandi “Se, porém, não lhes agrada servir ao Senhor, escolham hoje a quem irão servir, se aos deuses que os seus antepassados serviram além do Eufrates [os do Egito], ou aos deuses dos amorreus [os de Canaã], em cuja terra vocês estão vivendo. Mas, eu e a minha casa serviremos ao Senhor” Servir única e exclusivamente o Deus de Israel deveria ser simples, óbvio e natural, mas não é. Que o digam nossos antepassados, irmãos de fé e de luta. A nação de Israel foi essencialmente formada entre deuses e crenças por séculos cultuados, temidos e respeitados. Ao longo dos árduos anos de escravidão no Egito o conceito monoteísta de Abraão foi se tornando mais e mais tênue. Na medida em que um século dava lugar a outro (quatro deles ao todo) a clareza teológica que possuíam os descendentes de Jacó foi se esvaindo e os contornos da força politeísta dos egípcios tornando-se cada vez mais definidos. No pensamento dos escravos começou a surgir algo como “