Ovelhas e Ovelhas.
O primeiro tipo
chamo de “ovelha-lobo”. São ovelhas corrompidas. Algumas conscientemente,
outras sinceramente enganadas. São corrompidas no entendimento da Palavra.
Utilizam a fé para alcançar seus objetivos egoístas, servir seus próprios
interesses. Para elas Cristo é apenas um detalhe e sua mensagem um obstáculo
incômodo. Vivem entre seus irmãos de fé, mas não têm sentimentos próprios de
uma ovelha. No papel que representam junto aos demais conseguem enganar os
menos esclarecidos. Fingem amar a Deus, mas negam-no com suas ações. Estão
sempre aprendendo, mas jamais conseguem chegar ao conhecimento da verdade. Não
irão longe, porém; por resistirem à verdade e à transformação que deveriam
experimentar, as suas mentiras se tornarão evidentes a todos e muito
especialmente no último dia, quando Jesus, o Supremo Pastor, chamar para si
aqueles que lhe pertencem. Não é difícil identificar uma “ovelha-lobo”. Elas
quase nunca dão ouvidos à voz do Bom Pastor, quase nunca sentem desejo de orar,
evangelizar, santificar a vida, envolver-se nas causas do Reino de Deus. Enfim,
nunca foram regeneradas pelo Espírito, isto é, o Espírito nunca as transformou
em novas pessoas.
O segundo tipo chamo
de “ovelha-ovelha”. Aquelas são lobos vestidos de ovelhas. Estas são
iluminadas. Rompem a linha que nivela os mortais. São resolvidas em sua alma.
Vivem no patamar que a Bíblia chama de “vida no Espírito”. Apesar das
contradições e angústias da vida, Deus sabe que elas o amam e que entusiástica
e conscientemente repetiriam as palavras de Dostoievski: “Caso me dissessem que
Cristo não é verdade, eu diria: ‘Vai-te, verdade, pois tudo o que quero é
Cristo’”. As ovelhas-ovelha são compreendidas por Deus mais do que por elas
mesmas. Deus as ama de um jeito diferente pois elas o conhecem e quando um
estranho aparece nunca o seguem; na verdade, fogem dele, porque não reconhecem
a voz de estranhos, Jo 10:5.
Ovelhas assim nos
fazem perceber a tolice de viver enganosamente. A sensação que passam é a de
que Deus conta tudo para elas. São bem-aventuradas porque jamais deixam o
verdadeiro caminho. Não se sentiriam confortáveis...
Ah, sim. Antes de
pôr um ponto final, permita-me perguntar-lhe: “você é uma ovelha-ovelha, não é”?
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