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Mostrando postagens de abril, 2011

O (eu) que sou hoje.

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Weslei Odair Orlandi  Imagine sua vida podendo ser rebobinada, refeita, rebatizada, reorganizada e totalmente repaginada. Todos os seus erros seriam esquecidos; as bobagens seriam superadas; as lágrimas evaporadas; as cicatrizes apagadas; tudo, absolutamente tudo o que foi tragicamente feito seria desfeito.          Só há um detalhe: as coisas boas também teriam de serem desfeitas. O sorriso apagado, as alegrias sopradas para longe, as emoções afetuosas diluídas e extintas; tudo seria nada. Não restaria existência, a não ser o ponto zero para então recomeçar de novo.          Se isso acontecesse pergunto, que bom propósito haveria nisso? Qual a vantagem de se apagar tudo o que foi feito na vida? Outra pergunta: que garantias eu teria de que ao recomeçar (se bem que eu não saberia estar recomeçando, pois para recomeçar é preciso lembrar-se de que começou uma vez, mas até isso foi apagado) não refaria os mesmos caminhos ordinariamente trilhados na primeira vez? O “eu” que sou hoje não e