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Mostrando postagens de abril, 2009

Ganhos e perdas.

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Monteiro Lobato Caso estejas só aproveite. Faça um levantamento das suas entradas e saídas. O que foi ganho e o que foi perda. Na matemática da vida há enganos. Perdas podem ser ganhos e ganhos podem ser perdas. Não se torture com as aparências. Distancie-se dos sentimentos e avalie sem envolvimento. Seus ganhos e suas perdas. Quantas vezes, tempos idos, lágrimas derramastes por tão triste acontecido. E hoje em suas lembranças ris de si mesmo e se alegra com todo ocorrido. É a roda da vida que gira. E em seu giro tudo modifica. Transformado nosso modo de vida. Sendo assim, não se assuste perante as coisas ocorridas. Hoje é perda amanhã quem sabe ganho. E assim gira a roda da vida.

Não existem pessoas comuns.

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É muito sério viver numa sociedade de possíveis deuses e deusas, lembrar-se de que a pessoa mais enfadonha e mais desinteressante com quem se pode conversar talvez um dia seja uma criatura que, se alguém soubesse disso agora, seria tentado a adorar ou, de outro modo, talvez seja o horror ou a corrupção tal como se conhecem agora somente em pesadelo, se tanto. (...) É à luz dessas esmagadoras possibilidades, é com o assombro e a cautela dignas delas, que devemos pautar todos os nossos negócios uns com os outros, todas as amizades, todos os amores, todos os divertimentos e todas as políticas. Não existem pessoas comuns . Vocês jamais conversaram com alguém que fosse um simples mortal. As nações, as culturas, as artes, as civilizações - todas essas coisas são mortais, e a vida deles comparada com a nossa é como a vida de um mosquito. Mas é com imortais que brincamos, trabalhamos e nos casamos; são imortais aqueles a quem insultamos e a quem exploramos - horrores imortais ou esplenderos et

Sermão C.S. Lewis - "O peso de glória".

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No dia 08 de junho de 1941 C.S. Lewis pregou esse sermão, a convite de Canon T.R. Milford, no Solemn Evensong, na Igreja St. Mary the Virgin, da Universidade de Oxford. Ler esse sermão foi um prazer imenso!! Cito aqui trechos desse sermão: " As justas recompensas não se relacionam por um simples vínculo de pagamento com a atividade a que premiam, antes são a própria atividade em consumação" - pág. 31. "A satisfação chega de mansinho, junto com o trabalho tedioso e inevitável, e ninguém pode precisar o dia nem a hora em que cessa o trabalho e começa o prazer" - pág. 31. "Se o Cristianismo não pudesse me dizer mais nada da terra distante além do que meu próprio temperamento já não me permitisse conjeturar, então o Cristianismo não seria mais nobre do que eu. Se ele tem mais a me oferecer, espero que seja algo nada menos imediatamente atrativo que "as coisas que eu posso inventar" - pág. 37. "Afirma um antigo escritor, que aquele que tem Deus e toda

Responda se puder (e quiser).

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QUAIS LIVROS VOCÊ JÁ LEU NESSES PRIMEIROS MESES DE 2009? Responda na opção "comentários". Se não leu nenhum, faça um favor ao seu potencial de expansão intelectual: comece a ler agora mesmo. -.-.-.-.-.-.-.-.-.- "Ler é bom demais. Ler é ótimo. Ler é mais do que necessário. Enriquecedor. Imprescindível." Gabriel Perissé

Opinião de Gustavo Corção sobre G.K. Chesterton.

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Não me canso de agradecer a Deus o fato de ter encontrado Chesterton nos dias de desolação em que, sempre crendo em Deus-Todo-Poderoso, Criador do Céu e da Terra, das coisas visíveis e invisíveis, não conseguia, entretanto, encontrar a alameda e a porta de Sua Casa. A par de todos os defeitos e imperfeições, tenho a alma muito agradecida, porque desde cedo até tarde, na tarde da vida, deu-me Deus a ventura de sentir a dependência em que vivi, de minha mãe, de meus irmãos, de meus alunos, de meus professores, de todos os que neste longo trajeto que já se aproxima do marco assinalado pelo salmista para os vigorosos, sim, sempre tive a ventura de sentir muito melhor o bem que me fizeram e que especialmente reservo aos que me ajudaram na morte para o mundo. E entre esses reservo um especial lugar no altar que hoje adornei em meu velho coração para lembrar G. K. Chesterton. (Trecho do artigo "G.K. Chesterton" de Gustavo Corção para "O Globo" - 06/06/74)

Li e recomendo.

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Leituras que fiz em 2009 (até agora: 22 de abril): 1. A cabana - William P. Young (Sextante) 2. A águia e a galinha - Leonardo Boff (Vozes) 3. A batalha de todo homem - Stephen Arterburn & Fred Stoeker (Mundo cristão) 4. Religião e repressão - Rubem Alves (Loyola) 5. O que estão fazendo com a Igreja - Augustus Nicodemus (Mundo cristão) 6. Tempus Fugit - Rubem Alves (Paulus) 7. O enigma da graça - Caio Fábio (Fonte editorial) Estou lendo agora: Peso de glória - C.S. Lewis (Vida)

Os velhos também amam.

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Amor de mocidade é bonito, mas não é de se espantar. Jovem tem mesmo é de se apaixonar. Romeu e Julieta é aquilo que todo mundo considera normal. Mas o amor na velhice é um espanto, pois nos revela que o coração não envelhece jamais. Pode até morrer, mas morre jovem. "O amor retribuído sempre rejuvenesce", dizia Eliot no vigor da sua paixão, aos 70 anos de idade... (...) Sei muito bem que é estranho. A Simone de Bouvoir, no seu livro sobre a velhice, diz que há uma coisa que não se perdoa nos velhos: que eles possam amar com o mesmo amor dos moços. Aos velhos está reservado outro tipo de amor, amor pelos netos, sorrindo sempre paciente, olhar resignado, espera de morte, passeios lentos pelos parques, horas jogando paciência, cochilos em meio às conversas. Mas quando o velho ressuscita, e no seu corpo surgem de novo as potências adormecidas do amor, ah! os filhos se horrorizam. "- ficou caduco..." (...) O amor tem este poder mágico de fazer o tempo correr ao contrári

Quando chega a hora da morte.

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Quando chega a hora da morte, chega a hora de se contar estórias. É assim que a imagem amada continua viva dentro de nós. E, quer saibamos disso ou não, o fato é que nós somos as pessoas que moram dentro de nós. Somos as estórias que contamos. De minha mãe posso dizer o que disse Vallejo: "O seu cadáver estava cheio de mundos". Muitos deles e nunca ditos, guardados como um segredo. A hora da saudade é quando nos impomos silêncio e aí, talvez possamos ouvir aquilo que nunca ouvimos, enquanto os mortos estavam vivos. A morte não deixa de ser a hora da verdade. E, com isso, nos tornamos um pouco mais verdadeiros e pensamos nos mundos que moram dentro em nós, e que só se tornarão visíveis depois que partirmos. Então os vivos ouvirão melhor o nosso silêncio. (Rubem Alves em " Tempus Fugit " - Depois do enterro... - pág. 92-93 - Ed. Paulus)

O melhor de Rubem Alves em "Tempus Fugit".

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"A vida, por vezes, é assim. Dado o golpe letal, ela não se recupera. Pensei nesta absurda assimetria entre a vida e a morte. A vida, para ser, leva tempo, demanda e paciência, exige cuidados, há que se esperar. Mas a morte vem súbita e definitiva. Uma árvore leva anos a crescer. O machado a abate em poucos minutos". (pág. 51-52) "Pôr de sol é metáfora poética, e se o sentimos assim é porque sua beleza triste mora em nosso próprio corpo. Somos seres crepusculares. É por isso que está é a hora do terror noturno, quando as pessoas lembrando-se do seu parentesco com as aves, voltam ansiosas para casa, e acendem as luzes que não se apagam". (pág. 55-56) "O namoro tem vida breve e intensa. E é por isso que é tão belo e a sua memória - saudade - mora e dói em nossos corpos". (pág. 64) "Era na dor da distância, onde mora a saudade". (pág. 65)

Sofrimento e brutalidade na Bíblia.

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Que há sofrimento e brutalidade na Bíblia, ninguém há de negar; é um livro sobre a humanidade, e o sofrimento é um fato da existência humana. O Deus do Antigo Testamento não se mantinha distante de Seu povo eleito; participava de suas lutas e tratava os inimigos de Israel como Seus inimigos. Quando Israel transgredia Suas leis, Deus reagia com uma ira terrível. Nosso Deus não é uma divindade distante - um Buda que já transcendeu a tudo, ou um Zeus que faz troça das desgraças humanas. De todas as religiões do mundo, o cristianismo é a única a representar um Deus que sofre, um Deus que assumiu em sua própria pessoa a dor humana, e que em Sua agonia gerou a salvação da humanidade. (Clarence Wilmot, personagem de John Updike em " Na Beleza dos Lírios" , Cia das Letras, p.60)

Se não houvesse montanhas.

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Cecília Meireles Se não houvesse montanhas! Se não houvesse paredes! Se o sonho tecesse malhas e os braços colhessem redes! Se a noite e o dia passassem como nuvens, sem cadeias, e os instantes da memória fossem vento nas areias! Se não houvesse saudade, solidão nem despedida... Se a vida inteira não fosse, além de breve, perdida! Eu não tinha cavalo de asas, que morreu sem ter pascigo E em labirintos se movem Os fantasmas que persigo.

Retrato.

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Cecília Meireles Eu não tinha este rosto de hoje, assim calmo, assim triste, assim magro, nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo. Eu não tinha estas mãos sem força, tão paradas e frias e mortas; eu não tinha este coração que nem se mostra. Eu não dei por esta mudança, tão simples, tão certa, tão fácil: - Em que espelho ficou perdida a minha face?

No meio do caminho.

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Carlos Drummond de Andrade No meio do caminho tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra. Nunca me esquecerei desse acontecimento na vida de minhas retinas tão fatigadas. Nunca me esquecerei que no meio do caminho tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho no meio do caminho tinha uma pedra.

Amor é fogo que arde sem se ver.

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Luis de Camões Amor é fogo que arde sem se ver; É ferida que dói e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer; É um não querer mais que bem querer; É solitário andar por entre a gente; É nunca contentar-se de contente; É cuidar que se ganha em se perder; É querer estar preso por vontade; É servir a quem vence, o vencedor; É ter com quem nos mata lealdade. Mas como causar pode seu favor Nos corações humanos amizade, Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Em quem está a imagem de Deus.

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A imagem de Deus não está no masculino, mas na raça humana, da qual a mulher também faz parte. Assim, a afirmação mais básica sobre o ser humano, de acordo com Gênesis 1, de que ele existe à imagem de Deus, não encontra seu sentido completo apenas no homem, mas no homem e na mulher. (Von Rad - citado por Ralph L. Smith em " Teologia do Antigo Testamento ", pág. 233 - Ed. Vida Nova.)

As coisas que moram dentro de nós.

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Acho, inclusive, que nós somos as coisas que moram dentro de nós. Por isso há pessoas que são bonitas. Não pela cara, mas pela exuberância do seu mundo interno. Há a estória da linda princezinha que foi enfeitiçada e, sempre que abria a boca, dela só saíam cobras, sapos e lagartos. Outras, quando falam, delas sai um arco-íris. (Rubem Alves em " Tempus Fugit " - a volta do arado - pág. 37 - Ed. Paulus)

Homem ocupado.

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Finalmente todos concordam que o homem ocupado não pode fazer nada bem, não pode se dedicar à eloquência, nem aos estudos liberais, uma vez que seu espírito ocupado em coisas diversas não se aprofunda em nada, pelo contrário, tudo rejeita pensando que tudo lhe é imposto. (Sêneca em " A brevidade da vida ")

Voa tempo, voa...

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Weslei Odair Orlandi O tempo voa Se vai Se esvai Só vai Não volta.

Dois ou três minutos.

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Weslei Odair Orlandi Somos maus contadores. Aprendemos a pensar apenas na perspectiva do macro e a não dar valor ao micro. É assim que explicamos a nossa efêmera existência: a partir de décadas e anos. Porque a duração da vida é de setenta anos, e alguns, pela sua robustez, chegam aos oitenta, passamos a não perceber a linha tênue que separa a vida da morte. Foi essa a razão porque Moisés orou a Deus pedindo-lhe que o ensinasse a contar os seus dias. Para quem iria viver cento e vinte anos sem perder o vigor e o golpe de vista, o perigo de não se perceber a finitude da vida era ainda mais provável. Ele preferiu não correr o risco. Entendeu o que é a vida: um sono. Apenas isso. O homem que parece ser tão forte, independente e senhor de si, na verdade, nada é senão a soma de um punhado de terra tirado do chão úmido do Éden mais o hálito divino soprado para dentro de si. Não são poucas as metáforas – humilhantes, inclusive – que atestam sua fragilidade. É assim que o homem foi explicado:

O porquê dos nomes.

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Ah! Vocês não sabem do que se trata... As palavras estão no vazio... Que flor é essa? Se lhes tivesse dito um nome, então teriam, quem sabe, um perfume a evocar. Ou poderiam dizer: "Tem uma florida bem na porta da minha casa..." Mas eu não lhes disse o nome. E com isso estou lhes roubando a felicidade. Nietzsche dizia que os homens inventaram nomes para que pudessem ter prazer nas coisas... Esquisito, não? Não, se pensarmos um pouquinho. Porque o nome é invocação mágica que tem o poder de fazer presente, aí onde você está, a coisa que está ausente, na qual mora a felicidade. A palavra é como uma taça onde está um pouco da bondade da coisa. (...) O nome revela a face da nossa felicidade. E foi por isso que o Criador, depois de terminar de plantar o jardim, estando tudo pronto, determinou que o homem desse nome às coisas. Para que ele descobrisse a felicidade que mora nelas. (Rubem Alves em " Tempus Fugit " - Unha-de-vaca - pág. 26-27 - Ed. Paulus)

Não basta viver.

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Não basta viver. É preciso que haja beleza. Uma gota de orvalho não me faz viver ou morrer. Mas sua magia me enche de gratidão, e penso que valeu a pena o universo ter sido criado por causa daquele milagre fugaz. Olho os céus estrelados. Lá está Sirius, a estrela mais brilhante. Sua luz não me faz viver ou morrer. Afinal, ela está longe... Mas ela desperta, no meu corpo, pensamentos sobre eternidades que já passaram, e sobre o tempo em que eu terei passado, e ela continuará a brilhar. Como é belo este mundo! (Rubem Alves em " Tempus Fugit " - Veja como estão agradecidas - pág. 18-19 - Ed. Paulus)

Ipês floridos

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Gosto dos ipês de forma especial. Questão de afinidade. Alegram-se em fazer as coisas ao contrário. As outras árvores fazem o que é normal - abrem-se para o amor na primavera, quando o clima é ameno e o verão está para chegar, com seu calor e chuvas. O ipê faz amor justo quando o inverno chega, e a sua copa florida é uma despudorada e triunfante exaltação do cio. (...) Penso que os ipês são uma metáfora do que poderíamos ser. Seria bom se pudéssemos nos abrir para o amor no inverno... (Rubem Alves em " Tempus Fugit " - Os ipês estão floridos - pág. 13,15 - Ed. Paulus)

Tempus Fugit

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O sol e as estrelas entoam a melodia: "Tempus fugit". E porque temos medo da verdade que só aparece no silêncio solitário da noite, reunimo-nos para espantar o terror, e abafamos o ruído tranquilo do pêndulo com enormes gritarias. Contra a música suave da nossa verdade, o barulho dos rojões... Pela manhã, seremos, de novo, o tolo Coelho da Alice: "Estou atrasado, estou atrasado..." Mas o relógio não desiste. Continuará a nos chamar à sabedoria: Quem sabe que o tempo está fugindo descobre, subitamente, a beleza única do momento que nunca mais será... (Rubem Alves em " Tempus Fugit " - O relógio - pág. 11 - Ed. Paulus)

O evangelho pirateado.

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Weslei Odair Orlandi Não são apenas os cantores, escritores e empresários que tiveram seus produtos pirateados. O evangelho de Jesus Cristo também foi forjado. Como sempre acontece no mercado negro, não pediram ao Verbo Encarnado permissão para adulterar sua mensagem. Simplesmente o fizeram. Qual é o teor de veracidade contida na mensagem pregada hoje? Preciso ir direto ao ponto: estamos experimentando uma crise sem precedentes. Nessas horas eu volto meus olhos para a Bíblia e fico assustado com o que leio e com as previsões que ela faz. Os rumores de dias difíceis – 2 Timóteo 3:1 – como anunciado por Paulo a Timóteo estão cada vez mais altissonantes e por incrível que pareça ser é no ambiente da fé cristã que seus efeitos são mais claramente sentidos. Embora minha tese possa não estar em consonância com o pensamento de alguns eu prefiro caminhar com meus pés no chão e por isso mesmo afirmar que se a fé evangélica continuar do jeito que está, dentro de pouco tempo estaremos vivendo um

Há vagas.

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Weslei Odair Orlandi Em tempos de recessão econômica o desemprego costuma tornar-se o mais medonho dos fantasmas a serem enfrentados. Frear esse espectro voraz dentro das grandes indústrias não é tarefa à altura de leigos e aventureiros. As doutrinas ideológicas do capitalismo parecem estar preparadas para quase tudo, menos para manter na mesa do trabalhador comum o seu pão diário em tempos de vacas magras. Hoje milhões de pessoas em todo o mundo já estão engrossando a fila dos despedidos; e, diga-se de passagem, a crise nem bem começou. No Brasil os pedidos de salário desemprego já se multiplicaram nas agências de seguridade social. O que vem a seguir fica difícil prever. Mas há um lugar onde as vagas não sumiram com a crise, os empregados não correm o risco de irem para o olho da rua... Aliás, para as ruas eles irão, mas não sob a égide do desemprego, claro. Li em algum lugar que o Reino de Deus é a única agência de empregos onde há mais vagas do que candidatos. Verdade! E como há va

Quem é você?

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Weslei Odair Orlandi Se você fosse convidado a escrever hoje sua própria biografia, com quais palavras você se descreveria? Com quais argumentos você justificaria sua vida, suas ações e os seus pensamentos? Levar as pessoas a se sentirem importantes e valiosas nessa nossa sociedade tão dominada pela tecnologia não é tarefa fácil. O mundo das máquinas nos faz sentir cada vez mais insignificantes. É como explicou Lars Wilhelmsson – um escritor muito lúcido: “Essa nossa era tecnológica nos torna mais conscientes de que somos pequenos. À medida que o mundo vai se tornando cada vez mais sofisticado, sentimo-nos mais e mais insignificantes. E nossa suspeita de que não somos mais apreciados pelas nossas próprias qualidades confirma-se a cada dia que passa, pela maneira de viver do século XXI, que é tão impessoal”. Refletindo sobre isso, alguém concluiu ainda que “para os médicos eu sou apenas um paciente. Para os advogados sou um cliente. Para os redatores de jornal, um assinante. Para os var