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Mostrando postagens de julho, 2008

Possibilidades que a conversão não exclui

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Weslei Odair Orlandi Gostaria de poder dizer que o “tudo se fez novo” de 2 Coríntios 5:17 inclui também a impossibilidade de cometer novos erros na caminhada. Não posso. Pelo menos não para aqueles que ainda não se desvencilharam do invólucro terreno. É claro que Paulo estava certo ao dizer que “se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”. Porém, preciso fazer aqui algumas considerações. O que de fato passa e o que não passa no momento da nossa inserção mística no corpo de Cristo? A conversão a Cristo é realmente um grande mistério. Nela está a gênese do grande e maior propósito de Deus para a humanidade: resgatar em nós a imago Dei, patrimônio espiritual que perdemos em Adão. A conversão é um instante singular na vida de quem a experimenta. Num piscar de olhos, isto é, um segundo depois de sua entrega a Cristo e, pronto, as coisas velhas passam, o que era velho se faz novo, o pecador torna-se ex-pecador. Ainda que os seus pecados

Excerto de "A metamorfose"

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Quando certo manhã Gregor Samsa acordou de sonhos intranqüilos, encontrou-se em sua cama metamorfoseado num inseto mosntruoso. (Cap. 1) (...) O grave ferimento de Gregor, que o fez sofrer mais de um mês - a maçã ficou alojada na carne como uma recordação visível, já que ninguém ousou removê-la -, parecia ter lembrado ao pai de Gregor, a despeito de sua atual figura triste e repulsiva, era um membro da família que não podia ser tratado como um inimigo, mas diante do qual o mandamento do dever familiar impunha engolir a repugnância e suportar, suportar e nada mais. (Cap. 3) (Franz Kafka em "A metamorfose", pág. 7,59 - Cia das Letras)

Borbulhar de igualdade

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Este deslocamento, que dá ao plebeu um nome "elegante", e um nome camponês ao aristocrata, nada mais é que um borbular de igualdade". (Victor Hugo em "Os miseráveis - vl. 1, pág. 168 - Ed. Martin Claret)

Figuras Suspeitas

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Essas pessoas pertenciam àquela classe bastarda, composta de gente grosseira que subiu na vida e de gente inteligente decaída, que está entre as chamadas classe média e classe inferior, e que combina alguns dos defeitos da segunda com quase todos os vícios da primeira, sem ter o generoso impulso do operário, nem a honesta ordem do burguês. Eram dessas figuras anãs, que se tornam monstruosas se por acaso forem aquecidas por algum fogo sombrio. Havia na mulher um fundo tosco e no homem um estofo de velhaco. Amnbos eram extremamente suscetíveis àquele tipo de progresso abjeto que se faz no sentido do mal. Exsitem almas que, como os caranguejos, recuam continuamente para as trevas, retrocendendo mais do que avançando na vida, empregando a experiência para aumentar sua deformidade, piorando sem cessar, e impregnando-se mais e mais com uma crescente perversidade. Aquele homem e aquela mulher eram almas assim. (...) Basta olhar para certos homens e desconfiar deles, porque logo pode-se senti-

A vida é...

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A vida é... "A vida é uma mesa posta, com venenos mortais, pratos insossos e outros deliciosos. Alguns conscientemente escolhem veneno, achando que viver é sofrer, e ponto final. Outros comem - e vivem - sem sal. Mas há os que, quando podem, pegam as delícias da vida e assim se salvam da areia movediça da depressão". (Lya Luft em "Pensar é transgredir", Ed. Record - pág. 46)

Pensar é transgredir.

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"Quando menos se espera ele chega, o sorrateiro pensamento que nos faz parar. Pode ser no meio do shopping, no trânsito, na frente de tevê ou do computador. Simplesmente escovando os dentes. Ou na hora da droga, do sexo sem afeto, do desafeto, do rancor, da lamúria, da hesitação e da resignação. Sem ter programado, a gente pára para pensar. Pode ser um susto: como espiar de um berçário confortável para um corredor com mil possibilidades. Cada porta, uma escolha. Muitas vão se abrir para um nada ou para um absurdo. Outras, para um jardim de promessas. Alguma, para a noite além da cerca. Hora de tirar os disfarces, aposentar as máscaras e reavaliar: reavaliar-se. Pensar pede audácia, pois refletir é trasngredir a ordem do superficial que nos pressiona tanto. (...) Pensar não é apenas a ameaça de enfrentar a alma no espelho: é sair para as varandas de si mesmo e olhar em torno, e quem sabe finalmente respirar". (Lya Luft em "Pensar é transgredir&q