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Mostrando postagens de janeiro, 2009

Conselhos para sobreviver ao mundo gospel

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Ricardo Gondim. O mundo gospel se torna cada dia mais patético; distante do protestantismo; em rota de colisão com o cristianismo apostólico; transformado numa gozação perigosa; adoecendo e enlouquecendo milhares que são moídos numa engrenagem que condena a um duplo inferno. Não consigo responder a todas as mensagens que entopem minha caixa postal. Milhares pedem socorro. Eu precisaria ter uma equipe de especialistas, todos me ajudando a atender os que me perguntam: “ a maldição do pastor vai pegar mesmo?”; “é preciso aceitar as patadas que recebo do púlpito?”; “em nome da evangelização, devo aturar esses sermões ralos?”. Realmente não dá mais. A grande mídia propaga o que há de pior entre os evangélicos com petição de dinheiro, venda de “Bíblias fantásticas”, milagres no atacado e simplismos hermenêuticos. As bobagens alcançaram níveis intoleráveis. O que fazer? Tenho algumas idéias. Aconselho que os crentes parem de consumir produtos evangélicos por um tempo. Não compre Cd de música

O homem, o vazio e a gaiola.

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Somos assim. Sonhamos o voo, mas tememos as alturas. Para voar é preciso amar o vazio. Porque o voo só acontece se houver o vazio. O vazio é o espaço da liberdade, a ausência de certezas. Os homens querem voar, mas temem o vazio. Não podem viver sem certezas. Por isso trocam o voo por gaiolas. As gaiolas são o lugar onde as certezas morrem . É um engano pensar que os homens seriam livres se pudessem, que eles não são livres porque um estranho os engaiolou, que se as portas da gaiola estivessem abertas eles voariam. A verdade é o oposto. Os homens preferem as gaiolas ao voo. São eles mesmos que constroem as gaiolas onde passarão suas vidas. (Rubem Alves em "Religião e repressão", pág. 9 - Ed. Loyola)

Masculinidade versus hombridade

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Devemos escolher ser mais do que masculinos. Devemos optar pela hombridade , a verdadeira masculinidade. (S. Arterburn & Fred Stoeker em " A batalha de todo homem ", pág. 86 - Ed. Mundo Cristão)

Li em Janeiro de 2009

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Estes são os livros que li em Janeiro de 2009. 1. A cabana - Philip P. Young - Ed. Sextante. 2. A águia e a galinha - Leonardo Boff - Ed. Vozes 3. A batalha de todo homem - Stephen Arterburn & Fred Stoeker - Ed. Mundo Cristão

A pior tristeza

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Não ter uma lágrima para ocultar; ou um alguém para conversar; ou um jeito de soluçar. Não ter uma agonia para estancar; ou um grito para soltar; ou um jeito de amargar. Não conseguir gritar, vem me ajudar; ou um ombro para apoiar, ou um jeito de amuar. Não saber soletrar o verbo esperançar; ou um canto para cantarolar,ou um jeito de continuar. Ricardo Gondim

Excelência versus obediência

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É evidente que a excelência não é o mesmo que obediência ou perfeição. A busca pela excelência nos deixa muito vulneráveis a ciladas após ciladas, uma vez que ela abre espaço para misturas. Isso não acontece com a busca pela obediência ou pela perfeição. A excelência é um padrão misturado, enquanto a obediência é um padrão fixo. Queremos ter como alvo o padrão fixo. (Stephen Arterburn & Fred Stoeker em "A batalha de todo homem", pág. 66 - Ed. Mundo cristão)

Inspiração

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Como explicar a inspiração? Às vezes, no meio da noite, dormindo um sono profundo, eu acordo de repente, anoto uma frase cheia de palavras novas, depois volto a dormir como se nada tivesse acontecido. Escrever, e falo de escrever de verdade, é completamente mágico. As palavras vêm de lugares tão distantes dentro de mim que parecem ter sido pensadas por desconhecidos, e não por mim mesma. (Clarice Lispector em "Outros escritos", pág. 124 - Ed. Rocco)

Deus é pássaro encantado.

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DEUS É COMO UM PÁSSARO ENCANTADO que nunca se vê. Só se ouve o seu canto... Deus é uma suspeita do nosso coração de que o universo tem um coração que pulsa com o nosso. Suspeita... nenhuma certeza. Fujam dos que têm certezas. Olhem bem: eles trazem gaiolas nas suas mãos. Os pássaros que têm presos nas suas gaiolas são pássaros empalhados. Ídolos. (1) (...) As religiões são instituições que pretendem haver colocado numa gaiola o pássaro encantado. E não percebem que o pássaro que têm nas suas gaiolas é um pássaro empalhado. Era por isso que no Antigo Testamento era proibido falar o nome de Deus. Hoje, ao contrário, os religiosos não só falam o nome sagrado como também escrevem tratados de anatomia e fisiologia divinas. E proclamam que o pássaro só pode ser encontrado dentro das suas gaiolas. (2) (1) - Rubem Alves em " O melhor de Rubem alves ", pág. 111 - Ed. Nossa Cultura (2) - Rubem Alves em " Religião e repressão ", pág. 9-10 - Ed. Loyola

Autenticidade versus sinceridade

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Importa não confundir autenticidade com sinceridade. A sinceridade se situa no nível do eu consciente: a pessoa sincera diz o que pensa e age conforme sua idéia . Mas não necessariamente é autêntica. Pode não ouvir seu eu profundo e suas emoções. Não é inteira poque não engloba todo o seu ser consciente e inconsciente. A sintonia fina entre os dois eus a faria autêntica e transparente. Sempre que esse processo ditoso ocorre, a pessoa revela densidade e inteireza. A pessoa autêntica mostra leveza em seu ser e em tudo o que faz. Seu humor é sem amargura, seu desejo é sem obsessão, sua palavra é sem segundas intenções . (Leonardo Boff em "A águia e a galinha", pág. 116 - 46a. edição - Ed. Vozes)

Psalm 23

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T he Lord is my shepherd, I shall not want. He makes me lie down in green pastures, he leads me beside quiet waters, he restores my soul. He guides me in paths of righteousness for his name´s sake. Even though I walk through the valley of the shadow of death, I will fear no evil, for you are with me; your rod and staff, they comfort me. You prepare a table before me in the presence of my enemies. You anoint my head with oil; my cup overflows. Surely goodness and love will follow me all the days of my life, and I will dwell in the house of the Lord forever. (Scripture taken from Holy Bible, NIV. Used by permission of Zondervan)

Entropia

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O drama se agrava em face da realidade da entropia*, do desgaste das energias, do envelhecimento natural e da inevitabilidade da morte. O dia ensolarado caminha lentamente para a noite escura. O ridente vedrdor da primavera desliza preguiçosamente para o vermelho alegre do verão. Para o amarelo sereno do outono. E para o cinzento desbotado do inverno. Todos os seres vivos nascem, crescem, maduram, envelhecem e morrem. Nenhuma força poderá deter esse curso irrefragável das coisas. * Entropia - desgaste natural e irreversível de energia de um sistema ou de todo o universo tendendo a zero = morte térmica (o calor todo se perde). (Leonardo Boff em "A águia e a galinha", pág. 86 - 46a. edição - Ed. Vozes)

A trindade de terrores: religião, política e economia

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Jesus fez uma pausa e retomou, com a voz firme e paciente: - Como eu disse, não crio instituições. Essa é uma ocupação dos que querem brincar de Deus. Portanto, não, não gosto muito de religiões e também não gosto de política nem de economia. (...) E por que deveria gostar? É a trindade de terrores criada pelo ser humano que assola a Terra e engana aqueles de quem eu gosto. Quantos tormentos e ansiedades relacionados a uma dessas três coisas as pessoas enfrentam! (...) Falando de modo simples, religião, política e economia são ferramentas terríveis que muitos usam para sustentar suas ilusões de segurança e controle. (William P. Young em " A cabana ", pág. 166 - Ed. Sextante)

Os estrangeiros que são todos.

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Paulo Brabo Certo de estar a ponto de ferir a sensibilidade de alguns, quero deixar clara minha posição sobre determinado assunto: o Estado de Israel não representa qualquer continuidade, mesmo que honorária, com a tradição religiosa judaico-cristã registrada nas duas metades desiguais da Bíblia. Historicamente e espiritualmente falando o Estado de Israel não representa a religião que se convencionou chamar de judaísmo, e creio que pelo menos lá todos sabem disso. Há muitos judeus devotos ao redor do mundo, muitos desses em Israel, mas não cabe identificar israelitas com israelenses ou o associar o Estado de Israel à Terra Prometida (e muito menos ao reino de Davi); qualquer tentativa em contrário é engano ou esforço de marketing e de relações públicas, sendo esses últimos patrocinados em grande parte pelos Estados Unidos, com o consentimento embaraçado de Israel. Tenho amigos em Israel e estou muito longe de ser anti-semita; tenho também queridos amigos muçulmanos, e não sou ingênuo

O cadafalso

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"O cadafalso, com efeito, quando está lá, preparado e aprumado, tem qualquer coisa que alucina. Podemos ter certa indiferença em relação à pena de morte, podemos não nos pronunciar, dizer sim ou não, enquanto não virmos com os próprios olhos uma guilhotina; mas, se encontrarmos uma, o abalo é violento, temos de nos decidir a favor ou contra. Uns admiram, como De Maistre, outros maldizem como Beccaria. A guilhotina é a concreção da lei, chama-se vingança, não é neutra nem permite que se fique neutro. Quem a vê estremece com o mais misterioso dos estremecimentos. Todas as questões sociais levantam em torno desse cutelo seu ponto de interrogação. O cadafalso é uma visão. O cadafalso não é uma viga de madeira, o cadafalso não é uma máquina, o cadafalso não é um mecanismo inerte feito de madeira, ferro e cordas. Parece ser uma espécie de criatura que possui alguma sombria iniciativa; parece que essa viga vê, que essa máquina ouve, que esse mecanismo compreende, que essa madeira, esse

Milagres

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Fica difícil selecionar trechos de um livro que é 100% excelente. Minha admiração por C.S. Lewis cresce a cada novo livro que leio. Ler e meditar nos escritos desse fantástico pensador cristão é como descobrir a cada passo um novo oásis nos desertos da vida. Leiam alguns dos pensamentos de Lewis em "Milagres" - Ed. Vida. “A suposição de que coisas associadas no passado estarão associadas no futuro é o princípio que orienta não o comportamento racional, mas o animal”. pág. 37 “A mente humana é um ramo, um broto, uma incursão da realidade Sobrenatural na Natureza”. pág. 50 “Milagre – algo contrário à ordem conhecida da natureza”. pág. 78 “Cristo não morreu pelos homens por eles serem intrinsecamente dignos dessa morte, mas porque Ele é intrinsecamente amor e, por isso, ama infinitamente”. pág. 85 “O que gostamos de chamar “erros primários” não desaparecem: apenas mudam de forma”. pág. 87 “Se não temos noção alguma do motivo pelo qual algo acontece, então naturalmente não conhe

Nossa Terra

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"Nossa terra é como uma criança que cresceu sem pais, não tendo ninguém para guiá-la e orientá-la (...) alguns tentaram ajudá-la, mas a maioria simplesmente procurou usá-la. Os seres humanos, que receberam a tarefa de guiar amorosamente o mundo, em vez disso o saquearam sem qualquer consideração. E pensaram pouco nos próprios filhos, que vão herdar sua falta de amor. Por isso usam e abusam da Terra e, quando ela estremece ou reage, se ofendem e levantam os punhos contra Deus". (William P. Young em A cabana , pág. 131-132 - Ed. Sextante)

Principais mudanças na ortografia

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Trema – desaparece em todas as palavras. antes: Freqüente, lingüiça, agüentar agora: Frequente, linguiça, aguentar * Fica o acento em nomes como Müller Acentuação 1 – some o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (as que têm a penúltima sílaba mais forte). antes: Européia, idéia, heróico, apóio, bóia, asteróide, Coréia, estréia, jóia, platéia, paranóia, jibóia, assembléia agora: Europeia, ideia, heroico, apoio, boia, asteroide, Coreia, estreia, joia, plateia, paranoia, jiboia, assembleia * Herói, papéis, troféu mantêm o acento (porque têm a última sílaba mais forte). Acentuação 2 – some o acento no i e no u fortes depois de ditongos (junção de duas vogais), em palavras paroxítonas. antes: Baiúca, bocaiúva, feiúra agora: Baiuca, bocaiuva, feiura * Se o i e o u estiverem na última sílaba, o acento continua como em: tuiuiú ou Piauí. Acentuação 3 – some o acento circunflexo das palavras terminadas em êem e ôo (ou ôos) . antes: Crêem, dêem, lêem, vêem, prevêem, vôo

O risco de amar

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Amar é sempre ser vulnerável. Ame qualquer coisa e certamente seu coração vai doer e talvez se partir. Se quiser ter a certeza de mantê-lo intacto, você não deve entregá-lo a ninguém, nem mesmo a um animal. Envolva-o cuidadosamente em seus hobbies e pequenos luxos, evite qualquer envolvimento, guarde-o na segurança do esquife de seu egoísmo. Mas nesse esquife – seguro, sem movimento, sem ar - ele vai mudar. Ele não vai se partir – vai tornar-se indestrutível, impenetrável, irredimível. A alternativa a uma tragédia ou pelo menos ao risco de uma tragédia é a condenação. O único lugar ... onde se pode estar perfeitamente a salvo de todos os riscos e pertubações do amor é o inferno. (C.S. Lewis em " Os quatro amores " - Ed. Martins Fontes.)

A cabana

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Weslei Odair Orlandi Escrito por William P. Young (Ed. Sextante) - esse é mais um daqueles livros que para sempre deixará marcas profundas em minha alma. Como disse Michael W. Smith: "Esta história deve ser lida como se fosse uma oração - a melhor forma de oração, cheia de ternura, amor, transparência e surpresas. Se você tiver que escolher apenas um livro de ficção para ler este ano, leia A Cabana ." O livro todo é de um primor inigualável, mas algumas porções merecem destaque ainda maior: Pág. 12 - "Acho que, assim como a maior parte das nossas feridas tem origem em nossos relacionamentos, o mesmo acontece com as curas, e sei que quem olha de fora nao percebe essa bênção." Pág. 61 - "Há ocasiões em que optamos por acreditar em algo que normalmente seria considerado absolutamente irracional. Isso não significa que seja mesmo irracional, mas certamente não é racional. Talvez exista a supra-racionalidade: a razão além das definições normais dos fatos ou da ló

Bem-vindos a 2009

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Weslei Odair Orlandi Ufa, finalmente 2008 chegou ao fim! Ficamos cansados pelo trabalho, exauridos pelo corre-corre, boquiabertos diante dos acontecimentos, assombrados com as previsões, comovidos pelas catástrofes, revoltados com a impunidade, felizes com as conquistas. Viajamos, compramos, vendemos, sorrimos, choramos, reencontramos pessoas, despedimo-nos de gente querida, muito querida. Mas, enfim, o ano acabou e nós sobrevivemos a tudo isso. Agora, é começar tudo de novo. Outros trezentos e sessenta e cinco dias nos aguardam e a história continuará, ou para ser mais exato, se repetirá com algumas poucas nuances. Experimentaremos de novo a ambigüidade da vida. Sorrisos e lágrimas, luto e festa, nascimento e morte, dor e felicidade, conquistas e perdas. Nem sempre essas ‘dádivas’ da vida respeitarão nossos limites, esperarão pelo melhor momento. Dias normais, poderão ser tragicamente modificados por notícias avassaladoras ou, para não ser pessimista, alvissareiras. Nesse emaranhado d