A ordem é recomeçar.
Weslei Odair Orlandi
Uma das tarefas mais difíceis é recomeçar. Difícil, pois exige que voltemos ao ponto onde tudo aconteceu, que voltemos ao momento em que a tristeza tomou o lugar da alegria, que percorramos de novo os mesmos caminhos, olhemos para os mesmos horizontes, gastemos tudo de novo, sintamos as mesmas canseiras, enfrentemos os mesmos desafios, sepultemos o velho para dar lugar ao novo.
Recomeçar é ter de retornar ao lugar onde tudo deu errado, onde os sonhos foram frustrados, os projetos abandonados, a vida interrompida. É admitir em alguns casos que errou, que não foi esperto o suficiente, que não soube ouvir conselhos, que não soube a hora de avançar, de recuar, de esperar. Enfim, recomeçar é ter de ver outras pessoas nos ultrapassando e deixando para trás apenas um rastro de poeira.
A verdade, porém, não pode ser ocultada: todos nós precisamos recomeçar muitas coisas em muitas áreas da nossa vida. Desde a vida com Deus que foi preterida até o casamento malfadado, tudo – estudos, trabalho, projetos de viagem, questões emocionais – pode experimentar um novo começo.
Obviamente, não é fácil o reinício. É preciso coragem, determinação e boa dose de otimismo. A boa notícia, entretanto, é que sim, nós podemos restaurar o que foi destruído.
Lendo essa semana o livro de Ageu e pensando no que estavam passando os repatriados de Judá ao se depararem com a necessidade de reconstruir o Templo em Jerusalém, deparei-me no capítulo dois com quatro princípios que Deus ensinou a eles afim de os levantar do chão. Compartilho-os com você por acreditar neles.
Um: esqueça o passado. Se você deseja recuperar o tempo perdido então ouça o que está escrito em Eclesiastes 7:10 – “Nunca digas: por que foram os dias passados melhores do que estes? Porque nunca com sabedoria isso perguntarias”. Isto é, desista da ideia de que a sua vida nunca mais voltará a ser boa como nos anos anteriores. É verdade que o passado nunca deixará de existir. Ninguém consegue deletar o dia de ontem da sua memória, a não ser que fique doente e passe a sofrer de amnésia. A memória é uma parte importante da nossa existência. Sem ela não saberíamos quem somos. O problema, entretanto, não está nas lembranças, mas na maneira como lidamos com elas. Se você não consegue se livrar do seu passado, se para você tudo era bom naquele tempo, mas agora nada presta, então você está doente e precisa tratar da sua memória. Paulo foi um homem de muitos recomeços. Seu segredo, contudo, não foi não possuir sentimentos, mas estar disposto a abrir mão do ontem para viver o hoje.
Aceite essa verdade: não se prenda ao passado. Não viva de saudosismos. Não importa o que você já fez ou o que você já viveu. Não importa se no passado seu casamento foi uma bênção, se você leu a Bíblia várias vezes, se comprou carro zero, se foi usado por Deus. O que importa é o que vai ser daqui para frente. Se o primeiro Templo tinha ouro e o de agora não vai ter mais do que cortinas, paciência. O mais importante é que você ainda está vivo e que o projeto de Deus para sua vida ainda não terminou.
Dois: pare de ouvir quem não tem nada de bom para lhe falar. Esteja atento à voz certa. Concentre-se em ouvir o que Deus está lhe dizendo. Tem gente que não acredita em você, que não acredita no seu potencial, na sua capacidade de dar a volta por cima. Nada disso deve incomodá-lo. O que conta é que Deus não desistiu de você. Enquanto os inimigos de Judá procuravam desestimular o povo com palavras negativas, acusando-os de erros que eles não estavam praticando, Deus levantou a sua voz e disse ao povo palavras de encorajamento e incentivo: esforça-te, trabalha, não tenha medo e mais: “Eu sou convosco”. Quão reconfortante é ouvir isso. Assim, não dê ouvidos aos “factóides” (mentira bem arrumada com cara de verdade, mas com base infundanda) de quem não tem nada para acrescentar.
Três: lembre-se de que os recursos de Deus são inesgotáveis. Para quem já não conseguia ver sequer o Templo reconstruído veja o que Deus tem para dizer: “farei tremer todas as nações, e virá o desejado de todas as nações. Minha é a prata e meu é ouro”. Embora alguns intérpretes vejam aqui uma referência ao Messias, outros vêem apenas uma referência aos tesouros que os gentios trariam à casa de Deus em tempos futuros. Eu aceito essa interpretação por estar mais de acordo com o contexto imediato que é o versículo oito. Na verdade o que Deus quer mostrar ao povo é que embora eles sejam poucos e tenham poucos recursos, Deus continua sendo o Todo Poderoso e o Senhor absoluto de todas as coisas. Ele tira força da fraqueza. Confunde os sábios usando os simples,chama o que não é para ocupar o lugar do que já é. Não existe nada difícil demais para Deus. Operando ele quem impedirá?
Deus tem tudo aos seus pés. Ele é o Senhor das Leis, o Rei do Universo, o Deus das nações. Todos anjos estão ao seu serviço. Ao som da sua voz os rios, os mares, os peixes, as aves e toda a natureza se prostram diante dele. Deus tem poder sobre vulcões, furacões, terremotos, maremotos. Ele dá ordem às nuvens e elas se transformam em chuva. Ele fala novamente e elas se dissipam. Não importa onde você está nem qual é a sua situação. Há um Deus nos céus e em suas mãos estão as fontes da vida.
Quatro: não duvide de que o melhor de Deus ainda está por vir. “Quem há entre vós que, tendo ficado, viu esta casa na sua primeira glória? A glória desta última casa será maior do que a primeira e neste lugar darei a paz”.
Não se esqueça de que foi depois de cometer um assassinato no Egito e de viver 40 anos de reclusão na terra dos Midianitas que Moisés tornou-se verdadeiramente um homem dedicado, generoso e poderosamente usado nas mãos de Deus. Elias não fez seu sucessor senão depois de 40 dias de depressão profunda. Pedro não foi o grande apóstolo senão depois de negar a Cristo e voltar para seu barco de pesca às margens do Mar da Galiléia.
O melhor de Deus ainda está por vir. Como a fênix da mitologia, Deus o levantará das cinzas e o colocará em uma posição de honra e de destaque. O melhor de Deus ainda não aconteceu. É assim que devemos viver. De esperança em esperança. De recomeço em recomeço até que finalmente um dia saltemos para a eternidade e aí sim, o melhor de Deus será totalmente real, cada vez mais visível e cada vez mais abundante.
Se hoje não está fácil para você, lembre-se de que o caminho de Jesus foi longo, doloroso e solitário antes de chegar à sua conquista final. Paulo antes de alcançar seus sonhos foi preso, sofreu naufrágios, foi chicoteado, apedrejado e perseguido. Nada disso porém, foi suficiente para impedir o avanço deles. Uma só certeza eles possuíam: aquele que perseverar até o fim ganhará a coroa da vida.
Isso basta. Ergamos a nossa cabeça e sejamos corajosos.
Uma das tarefas mais difíceis é recomeçar. Difícil, pois exige que voltemos ao ponto onde tudo aconteceu, que voltemos ao momento em que a tristeza tomou o lugar da alegria, que percorramos de novo os mesmos caminhos, olhemos para os mesmos horizontes, gastemos tudo de novo, sintamos as mesmas canseiras, enfrentemos os mesmos desafios, sepultemos o velho para dar lugar ao novo.
Recomeçar é ter de retornar ao lugar onde tudo deu errado, onde os sonhos foram frustrados, os projetos abandonados, a vida interrompida. É admitir em alguns casos que errou, que não foi esperto o suficiente, que não soube ouvir conselhos, que não soube a hora de avançar, de recuar, de esperar. Enfim, recomeçar é ter de ver outras pessoas nos ultrapassando e deixando para trás apenas um rastro de poeira.
A verdade, porém, não pode ser ocultada: todos nós precisamos recomeçar muitas coisas em muitas áreas da nossa vida. Desde a vida com Deus que foi preterida até o casamento malfadado, tudo – estudos, trabalho, projetos de viagem, questões emocionais – pode experimentar um novo começo.
Obviamente, não é fácil o reinício. É preciso coragem, determinação e boa dose de otimismo. A boa notícia, entretanto, é que sim, nós podemos restaurar o que foi destruído.
Lendo essa semana o livro de Ageu e pensando no que estavam passando os repatriados de Judá ao se depararem com a necessidade de reconstruir o Templo em Jerusalém, deparei-me no capítulo dois com quatro princípios que Deus ensinou a eles afim de os levantar do chão. Compartilho-os com você por acreditar neles.
Um: esqueça o passado. Se você deseja recuperar o tempo perdido então ouça o que está escrito em Eclesiastes 7:10 – “Nunca digas: por que foram os dias passados melhores do que estes? Porque nunca com sabedoria isso perguntarias”. Isto é, desista da ideia de que a sua vida nunca mais voltará a ser boa como nos anos anteriores. É verdade que o passado nunca deixará de existir. Ninguém consegue deletar o dia de ontem da sua memória, a não ser que fique doente e passe a sofrer de amnésia. A memória é uma parte importante da nossa existência. Sem ela não saberíamos quem somos. O problema, entretanto, não está nas lembranças, mas na maneira como lidamos com elas. Se você não consegue se livrar do seu passado, se para você tudo era bom naquele tempo, mas agora nada presta, então você está doente e precisa tratar da sua memória. Paulo foi um homem de muitos recomeços. Seu segredo, contudo, não foi não possuir sentimentos, mas estar disposto a abrir mão do ontem para viver o hoje.
Aceite essa verdade: não se prenda ao passado. Não viva de saudosismos. Não importa o que você já fez ou o que você já viveu. Não importa se no passado seu casamento foi uma bênção, se você leu a Bíblia várias vezes, se comprou carro zero, se foi usado por Deus. O que importa é o que vai ser daqui para frente. Se o primeiro Templo tinha ouro e o de agora não vai ter mais do que cortinas, paciência. O mais importante é que você ainda está vivo e que o projeto de Deus para sua vida ainda não terminou.
Dois: pare de ouvir quem não tem nada de bom para lhe falar. Esteja atento à voz certa. Concentre-se em ouvir o que Deus está lhe dizendo. Tem gente que não acredita em você, que não acredita no seu potencial, na sua capacidade de dar a volta por cima. Nada disso deve incomodá-lo. O que conta é que Deus não desistiu de você. Enquanto os inimigos de Judá procuravam desestimular o povo com palavras negativas, acusando-os de erros que eles não estavam praticando, Deus levantou a sua voz e disse ao povo palavras de encorajamento e incentivo: esforça-te, trabalha, não tenha medo e mais: “Eu sou convosco”. Quão reconfortante é ouvir isso. Assim, não dê ouvidos aos “factóides” (mentira bem arrumada com cara de verdade, mas com base infundanda) de quem não tem nada para acrescentar.
Três: lembre-se de que os recursos de Deus são inesgotáveis. Para quem já não conseguia ver sequer o Templo reconstruído veja o que Deus tem para dizer: “farei tremer todas as nações, e virá o desejado de todas as nações. Minha é a prata e meu é ouro”. Embora alguns intérpretes vejam aqui uma referência ao Messias, outros vêem apenas uma referência aos tesouros que os gentios trariam à casa de Deus em tempos futuros. Eu aceito essa interpretação por estar mais de acordo com o contexto imediato que é o versículo oito. Na verdade o que Deus quer mostrar ao povo é que embora eles sejam poucos e tenham poucos recursos, Deus continua sendo o Todo Poderoso e o Senhor absoluto de todas as coisas. Ele tira força da fraqueza. Confunde os sábios usando os simples,chama o que não é para ocupar o lugar do que já é. Não existe nada difícil demais para Deus. Operando ele quem impedirá?
Deus tem tudo aos seus pés. Ele é o Senhor das Leis, o Rei do Universo, o Deus das nações. Todos anjos estão ao seu serviço. Ao som da sua voz os rios, os mares, os peixes, as aves e toda a natureza se prostram diante dele. Deus tem poder sobre vulcões, furacões, terremotos, maremotos. Ele dá ordem às nuvens e elas se transformam em chuva. Ele fala novamente e elas se dissipam. Não importa onde você está nem qual é a sua situação. Há um Deus nos céus e em suas mãos estão as fontes da vida.
Quatro: não duvide de que o melhor de Deus ainda está por vir. “Quem há entre vós que, tendo ficado, viu esta casa na sua primeira glória? A glória desta última casa será maior do que a primeira e neste lugar darei a paz”.
Não se esqueça de que foi depois de cometer um assassinato no Egito e de viver 40 anos de reclusão na terra dos Midianitas que Moisés tornou-se verdadeiramente um homem dedicado, generoso e poderosamente usado nas mãos de Deus. Elias não fez seu sucessor senão depois de 40 dias de depressão profunda. Pedro não foi o grande apóstolo senão depois de negar a Cristo e voltar para seu barco de pesca às margens do Mar da Galiléia.
O melhor de Deus ainda está por vir. Como a fênix da mitologia, Deus o levantará das cinzas e o colocará em uma posição de honra e de destaque. O melhor de Deus ainda não aconteceu. É assim que devemos viver. De esperança em esperança. De recomeço em recomeço até que finalmente um dia saltemos para a eternidade e aí sim, o melhor de Deus será totalmente real, cada vez mais visível e cada vez mais abundante.
Se hoje não está fácil para você, lembre-se de que o caminho de Jesus foi longo, doloroso e solitário antes de chegar à sua conquista final. Paulo antes de alcançar seus sonhos foi preso, sofreu naufrágios, foi chicoteado, apedrejado e perseguido. Nada disso porém, foi suficiente para impedir o avanço deles. Uma só certeza eles possuíam: aquele que perseverar até o fim ganhará a coroa da vida.
Isso basta. Ergamos a nossa cabeça e sejamos corajosos.
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