Perdi a fé, mas não sou incrédulo.
Sem qualquer constrangimento, sem medo, saio do armário e confesso publicamente: Perdi a minha fé.
Perdi a fé em um Deus que precisa de pilha para mover o braço.
Perdi a fé em um Deus que recusa atender qualquer petição enquanto não houver santidade total.
Perdi a fé em um Deus que só opera nas micro-realidades.
Perdi a fé em um Deus discriminatório.
Perdi a fé, mas não sou um incrédulo.
Ganhei uma nova fé que celebra a imanência de Deus.
Ganhei uma nova fé que bendiz a compreensibilidade de Deus.
Ganhei uma fé que não espera por intervenções divinas. Creio que os valores do Reino são suficientes para que eu atravesse a vida sem perder a alma.
Ganhei uma fé que não tem expectativas de favoritismo.
Estou feliz pela fé que perdi, mas esfuziante com a nova fé que ganhei.
(Ricardo Gondim em "Direto ao ponto - ensaios sobre Deus e a vida", pág. 103-106 - Doxa)
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