Um convite à unidade.
Weslei Odair Orlandi
Meu coração está inclinado à unidade. Quando li há alguns anos atrás o best-seller “Uma igreja com propósitos”, escrito por Rick Warren, fui tocado por uma explicação que ele dá sobre a existência de muitas igrejas. Deus ama a diversidade, argumentou ele. Pense por um momento se Deus tivesse feito o mundo usando apenas o amarelo. Seria um tanto quanto insosso cultivar um jardim com flores de várias qualidades. No fim das contas seria tudo amarelo. Mas Deus pensou em tudo e deu-nos de presente uma multiplicidade fantástica de cores com as quais podemos nos deliciar infinitamente. Eureka! Para mim essa analogia de Warren explicou tudo.
Primeiramente, percebi que Deus nunca pretendeu nos chamar para a institucionalização do Reino, isto é, nunca quis que perdêssemos de vista a realidade do Salmo 133. Ele nunca quis privilegiar alguns em detrimento de outros. No entanto, o que se observa hoje – com as devidas exceções, é claro – é um movimento contrário, encabeçado por líderes personalistas, que se julgam os únicos autorizados pelo Espírito a encontrar espaço para o enraizamento da Igreja de Jesus Cristo. Tais líderes são arrogantes por causa da necessidade que têm de se estabelecer como referência em suas comunidades e com um orgulho discreto esnobam aqueles que não contabilizam os mesmos números que eles. De difícil percepção, porém inocultáveis, esses são os que se estabelecem como os detentores da verdade, como se o “Pai, perdoa-lhes” de Jesus Cristo na cruz fosse seletivo e não inclusivo e extensivo.
Outra coisa que discerni é que na dinâmica da unidade, Deus sempre reservou lugar para a diversidade. No projeto divino as portas devem estar sempre abertas pois, cada porta representa uma nova oportunidade. Há lugar para todos os estilos, liturgias e governos. Quando criança, às vezes brincava de “o mestre mandou”, uma diversão que exigia dos participantes obediência cega e sem questionamentos. Depois de adulto, descobri que ainda tem gente que continua brincando de o mestre mandou. Querem forjar a liberdade do Espírito Santo de se mover com liberdade para transformar os cidadãos do Reino de Nosso Senhor Jesus Cristo em soldadinhos uniformizados. Alguns dentre esses valorizam as formas sem esboçar qualquer nesga de rubro ao desprezar os conteúdos.
Também fui tomado pela consciência súbita de que a diversidade fortalece o Reino e não o contrário. É exatamente disso que trata o apóstolo Paulo em 1 Coríntios 12. Ele diz “o corpo (a igreja) é um só e tem muitos membros”, v. 12. E acrescenta, “o fato de um ser pé enquanto o outro é orelha, ou olho, ou ouvido não faz do corpo um ser frágil, desprotegido e susceptível às doenças”. Um não é grande enquanto o outro é diminuto; fraco enquanto o outro é forte; honroso enquanto o outro vive a desonra. Deus colocou os membros no corpo, cada um deles como quis. A propósito, qual é o batista que nunca bebeu na fonte de um metodista, ou um assembleiano que nunca se valeu dos dons teológicos de um presbiteriano e vice-versa? Qual comunidade nunca se inspirou nas igrejas tradicionais e etc? Tenho em minha biblioteca livros oriundos de todos os segmentos evangélicos no Brasil e no exterior. Ao escrever esse artigo estou removendo de minhas lembranças frases, pensamentos e afirmações de todos esses queridos irmãos. Afinal, existimos e coexistimos para nos sentirmos seguros neste porto de unidade cujo gerador e preservador é o Espírito Santo.
Finalmente, compreendi que Deus nos quer e nos aceita totalmente iguais embora absolutamente diferentes. Parafraseando o grande apóstolo afirmo que “todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer luteranos, quer anglicanos, quer congregacionais, quer episcopais, quer sejamos uma grande denominação, quer sejamos igreja local, e todos temos bebido de um Espírito”.
Somos totalmente iguais ao crermos que “há um só corpo e um Espírito, como também fomos chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos, e em todos”, Efésios 4:4-6. No que diz respeito às ordenanças litúrgicas, sistema de governo e outras engrenagens de somenos importância somos às vezes absolutamente diferentes. Isso pouco importa. O que devemos aprender é a não julgar para não ser julgado. A mensagem do cristianismo repousa na verdade que é Cristo, o libertador, e não na funcionalidade das instituições. Que continuemos a crer (ou, que comecemos a crer) no valor e na propriedade da sujeição incondicional ao governo dAquele que orou ao Pai pedindo que “todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu, em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste”, Jo 17:21.
A essa altura só nos resta lembrar que o que nos une é maior do que o que nos separa e que o que nos faz crescer é a atuação do poder de Deus e não o mero esforço de pessoas habilidosas.
Meu coração está inclinado à unidade. Quando li há alguns anos atrás o best-seller “Uma igreja com propósitos”, escrito por Rick Warren, fui tocado por uma explicação que ele dá sobre a existência de muitas igrejas. Deus ama a diversidade, argumentou ele. Pense por um momento se Deus tivesse feito o mundo usando apenas o amarelo. Seria um tanto quanto insosso cultivar um jardim com flores de várias qualidades. No fim das contas seria tudo amarelo. Mas Deus pensou em tudo e deu-nos de presente uma multiplicidade fantástica de cores com as quais podemos nos deliciar infinitamente. Eureka! Para mim essa analogia de Warren explicou tudo.
Primeiramente, percebi que Deus nunca pretendeu nos chamar para a institucionalização do Reino, isto é, nunca quis que perdêssemos de vista a realidade do Salmo 133. Ele nunca quis privilegiar alguns em detrimento de outros. No entanto, o que se observa hoje – com as devidas exceções, é claro – é um movimento contrário, encabeçado por líderes personalistas, que se julgam os únicos autorizados pelo Espírito a encontrar espaço para o enraizamento da Igreja de Jesus Cristo. Tais líderes são arrogantes por causa da necessidade que têm de se estabelecer como referência em suas comunidades e com um orgulho discreto esnobam aqueles que não contabilizam os mesmos números que eles. De difícil percepção, porém inocultáveis, esses são os que se estabelecem como os detentores da verdade, como se o “Pai, perdoa-lhes” de Jesus Cristo na cruz fosse seletivo e não inclusivo e extensivo.
Outra coisa que discerni é que na dinâmica da unidade, Deus sempre reservou lugar para a diversidade. No projeto divino as portas devem estar sempre abertas pois, cada porta representa uma nova oportunidade. Há lugar para todos os estilos, liturgias e governos. Quando criança, às vezes brincava de “o mestre mandou”, uma diversão que exigia dos participantes obediência cega e sem questionamentos. Depois de adulto, descobri que ainda tem gente que continua brincando de o mestre mandou. Querem forjar a liberdade do Espírito Santo de se mover com liberdade para transformar os cidadãos do Reino de Nosso Senhor Jesus Cristo em soldadinhos uniformizados. Alguns dentre esses valorizam as formas sem esboçar qualquer nesga de rubro ao desprezar os conteúdos.
Também fui tomado pela consciência súbita de que a diversidade fortalece o Reino e não o contrário. É exatamente disso que trata o apóstolo Paulo em 1 Coríntios 12. Ele diz “o corpo (a igreja) é um só e tem muitos membros”, v. 12. E acrescenta, “o fato de um ser pé enquanto o outro é orelha, ou olho, ou ouvido não faz do corpo um ser frágil, desprotegido e susceptível às doenças”. Um não é grande enquanto o outro é diminuto; fraco enquanto o outro é forte; honroso enquanto o outro vive a desonra. Deus colocou os membros no corpo, cada um deles como quis. A propósito, qual é o batista que nunca bebeu na fonte de um metodista, ou um assembleiano que nunca se valeu dos dons teológicos de um presbiteriano e vice-versa? Qual comunidade nunca se inspirou nas igrejas tradicionais e etc? Tenho em minha biblioteca livros oriundos de todos os segmentos evangélicos no Brasil e no exterior. Ao escrever esse artigo estou removendo de minhas lembranças frases, pensamentos e afirmações de todos esses queridos irmãos. Afinal, existimos e coexistimos para nos sentirmos seguros neste porto de unidade cujo gerador e preservador é o Espírito Santo.
Finalmente, compreendi que Deus nos quer e nos aceita totalmente iguais embora absolutamente diferentes. Parafraseando o grande apóstolo afirmo que “todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer luteranos, quer anglicanos, quer congregacionais, quer episcopais, quer sejamos uma grande denominação, quer sejamos igreja local, e todos temos bebido de um Espírito”.
Somos totalmente iguais ao crermos que “há um só corpo e um Espírito, como também fomos chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos, e em todos”, Efésios 4:4-6. No que diz respeito às ordenanças litúrgicas, sistema de governo e outras engrenagens de somenos importância somos às vezes absolutamente diferentes. Isso pouco importa. O que devemos aprender é a não julgar para não ser julgado. A mensagem do cristianismo repousa na verdade que é Cristo, o libertador, e não na funcionalidade das instituições. Que continuemos a crer (ou, que comecemos a crer) no valor e na propriedade da sujeição incondicional ao governo dAquele que orou ao Pai pedindo que “todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu, em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste”, Jo 17:21.
A essa altura só nos resta lembrar que o que nos une é maior do que o que nos separa e que o que nos faz crescer é a atuação do poder de Deus e não o mero esforço de pessoas habilidosas.
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