Deus usa os fracos.


Estou convencido de que se Deus quisesse fazer a obra por outros meios e outros modos não teria chamado Abraão, mas Faraó; não teria começado com um povo insignificante, mas com um povo que sabia construir pirâmides. A história do povo de Deus é a história daqueles que não têm história na História da civilização. Ela só é história para nós, povo de Deus. Vá até a Síria e veja se lá há alguma coisa escrita sobre os profetas de Israel. Você sofrerá uma grande decepção. Faça o mesmo no Egito, na Assíria, e em todo o mundo antigo. Faça isso em relação àquele que rachou a História no meio (Jesus) e você verá que as poucas referências históricas à sua pessoa (extrabíblicas) são razoavelmente insignificantes. Neste ponto estamos diante do fato de que o povo de Deus só tem história no curso futuro da História, nunca na sua contemporaneidade. O que se deu com os profetas dá-se também com o povo de Deus. Para ambos, a História só os reconhece quando já foram. Sendo assim, eles não sabem que fizeram a História. Por isso saúdam as promessas de longe, e morrem em esperança, e fé.

(Caio Fábio em "Elias está nas ruas", pág. 38-39 - Ed. Betânia)

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