Esta é toda a nossa liberdade.

O que Fânia me escreveu era mais ou menos o seguinte: que a hereditariedade e o meio que nos alimenta, assim como a nossa classe social, são como as cartas de baralho que nos são distribuídas aleatoriamente, antes de o jogo começar. Até aí não há nenhuma liberdade de escolha - o mundo dá, e você apenas recebe o que lhe foi dado, sem nenhuma outra opção.

Entretanto, assim sua mãe me escreveu de Praga, a grande pergunta é o que cada um de nós consegue fazer com as cartas recebidas. Pois há os que jogam muito bem com as cartas nem tão boas, e há, pelo contrário, aqueles que desperdiçam e perdem tudo, mesmo com cartas excepcionais! E esta é toda a nossa liberdade...

Amós Oz em "De amor e trevas"

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