"A insustentável leveza do ser" - Milan Kundera.


"As nuvens alaranjadas do crepúsculo douram todas as coisas com o encanto da nostalgia, inclusive a guilhotina". - pág. 10

"Nunca se pode saber aquilo que se deve querer, pois só se tem uma vida e não se pode nem compará-la com as vidas anteriores nem corrigi-las nas vidas posteriores [mesmo porque elas não existem].

(...)
Não existe meio de verificar qual é a boa decisão, pois não existe termo de comparação. Tudo é vivido pela primeira vez e sem comparação. Como se um ator entrasse em cena sem nunca ter ensaiado. Mas o que pode valer a vida, se o primeiro ensaio da vida já é a própria vida? É isso que faz com que a vida pareça sempre um esboço. No entanto, mesmo "esboço" não é a palavra certa porque um esboço é sempre um projeto de alguma coisa, a preparação de um quadro, ao passo que o esboço que é a nossa vida não é o esboço de nada, é um esboço sem quadro" - pág. 14

"As metáforas são perigosas. Não se brinca com as metáforas. O amor pode nascer de uma simples metáfora". - pág. 16

"Todas as línguas derivadas do latim formam a palavra "compaixão" com o prefixo com - de a raiz passio, que originariamente significa "sofrimento". (...) Nas línguas derivadas do latim, a palavra compaixão significa que não se pode olhar o sofrimento do próximo com o coração frio, em outras palavras: sentimos simpatia por quem sofre". - pág. 25

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