A liberdade requer independência.

As inexoráveis "leis da natureza", que operam a despeito do sofrimento ou do merecimento humano e que não são afastadas pela oração, parecem, à primeira vista, fornecer um forte argumento contra a bondade e o poder de Deus. Pretendo alegar que nem mesmo a Onipotência poderia criar uma sociedade de almas livres sem ao mesmo tempo criar uma Natureza relativamente independente e "inexorável".
(...)
A liberdade de uma criatura deve significar liberdade de escolha, e esta implica a existência de coisas as quais escolher. Uma criatura sem ambiente não teria escolhas a fazer, de modo que a liberdade, a exemplo da consciência de si mesmo (se é que elas não são, na verdade, a mesma coisa), uma vez mais requer para o eu a presença de alguma coisa além do eu.

(C.S. Lewis em "O problema do sofrimento", pág. 36 - Ed. Vida)

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