Atitudes que agradam a Deus.

Weslei Odair Orlandi

         Nada agrada o coração de um pai ou mãe mais do que saber que seus filhos compreendem, buscam e realizam a sua vontade. Por isso o grande e mais importante alvo de Jesus sempre foi agradar o Pai. Para isso, seu empenho por fazer sua vontade era sem limites. Nada nem ninguém detiveram Jesus em seu propósito de agradar o Pai fazendo a sua vontade.
Em João 5:30 ele afirmou: “Não busco a minha vontade, mas a vontade do Pai que me enviou”.
Em João 6:38 reafirmou sua posição: “Porque eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou”.
O ponto mais alto de sua determinação em fazer a vontade do Pai foi sua oração no Getsêmani: “Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia, não se faça a minha vontade, mas a tua”, Lucas 22:42.
         Esta foi a razão porque o Pai sempre sentiu nele alegria aprovando-o e recomendando-o publicamente. Por duas vezes Deus rompeu o silêncio para dizer “este é o meu filho amado”. No ato de seu batismo, acrescentou: “em quem me comprazo”. Este também deve ser o nosso alvo: agradar a Deus fazendo a sua vontade.
         Davi, o grande rei de Israel, possuía este desejo, tanto que no Salmo 143:10 orou: “Ensina-me a fazer tua vontade, pois és o meu Deus”.
         Paulo afirmou: “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”, Rm 12:2.
         Paulo sempre procurou enfatizar essa verdade. Vejam o que ele escreveu aos efésios: “Não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor”, Ef 5:17.
         Aos colossenses ele disse: “não cessamos de orar por vós e de pedir que sejais cheios do conhecimento da sua vontade”, Cl 1:9.
         O apóstolo João por sua vez afirmou: “o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre”, 1 João 2:17.
         Está claro que a vontade de Deus é bendita, perfeita e necessária para todos nós e que cumpri-la agrada o terno coração do Pai. Por isso Marcos 1:9-13 precisa ser analisado com atenção. Temos neste texto pistas valiosíssimas sobre como Jesus agradou o Pai e, portanto, indícios claros da vontade de Deus. Se Jesus fez e o Pai se agradou, então também devemos fazer.
         Vejamos quais são estas dicas:

1. Jesus foi obediente ao Pai não deixando de fazer aquilo que todos deviam fazer.

“e aconteceu, naqueles dias, que Jesus, tendo ido de Nazaré, da Galiléia, foi batizado por João, no rio Jordão.”

 O batismo de Jesus sempre foi alvo de muita discussão. Por que Jesus quis ser batizado? Se o batismo é sinal de que estamos assumindo uma nova vida deixando para trás o pecado, por que ele que nunca pecou teve de passar por este mesmo processo?
Em Mateus 3:15 ele mesmo dá a explicação: “convém cumprir toda a justiça”, isto é, convém que eu obedeça ao Pai na sua totalidade. Em outras palavras: é bom que todos nós façamos aquilo que o Pai requer. Esse sempre foi o estilo de Jesus: obedecer.
 Em Filipenses 2:8 Paulo escreveu: “e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz”. O escritor aos Hebreus afirmou: “ainda que era Filho aprendeu a obediência por aquilo que padeceu”, Hb 5:8.
 Aí está o princípio fundamental da nossa experiência cristã. Não agradaremos a Deus se não vivermos em obediência a ele; e não o obedecermos se não entendermos sua grandeza, seu amor e sua dedicação por nós. A obediência de Jesus ao Pai era o resultado da intimidade que possuíam. Quanto mais intimidade, mais desejo de obediência!

2. Jesus sempre teve sua vida guiada pelo Espírito Santo.

“E logo o Espírito o impeliu para o deserto.”

A vida de Jesus guiada pelo Espírito Santo é um assunto fascinante. Como Deus ele jamais prescindiu da necessidade de ser guiado e levado pelo Espírito de um lado para outro.
Jesus foi gerado pelo Espírito. Foi cheio do Espírito. Guiado pelo Espírito. Realizou seu ministério no poder do Espírito e depois de morto foi ressuscitado pelo Espírito. Nada disso foi teatral ou mera casualidade. Jesus assim viveu, primeiro por ser homem e carecer realmente do Espírito e também para deixar-nos a lição poderosa da necessidade que temos de assim viver.
 Nenhum cristão pode tornar-se agradável senão pelo Espírito. Ele é o perfume que torna desejável o nosso coração. Sem ele nos tornamos tudo aquilo que jamais deveríamos desejar. Precisamos do Espírito Santo para nos moldar, nos manter afastados do pecado e centrados na vontade de Deus revelada em Sua Palavra. Essa é a necessidade mais urgente que a igreja possui: ser cheia do Espírito Santo, Ef 5:18; Gl 5:16. O Espírito precisa tornar-se pleno em todas as áreas do nosso viver se desejamos permanecer agradáveis diante do Pai.

3. Jesus nunca buscou privilégios aceitando sempre as duras realidades da vida.

“E ali esteve no deserto, quarenta dias, tentado por satanás.”

Eu quero retornar ao texto de Hebreus 5:8: “Ainda que era Filho [o que lhe conferia privilégios incomparáveis], aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu. Jesus nunca reivindicou para si o fato de ser Filho. Nunca blindou sua vida dos problemas comuns aos demais seres humanos, antes aceitou-os, encarou-os e experimentou-os com dignidade, humildade, hombridade e resignação. Deixou ser levado pelo Espírito (outro detalhe importante no texto: o Espírito também nos leva aos desertos da vida) ao deserto e ali como qualquer cidadão terreno sujeitou-se às privações e provações tanto naturais quanto demoníacas.
 Jesus poderia ter escolhido aprender sobre a obediência de maneiras muito menos traumáticas, apenas observando de longe, sem se expor ou ter de pôr mão à obra, entretanto uma vez que aceitara a condição de homem não se valeu de qualquer prerrogativa divina. Aceitou as condições comuns a todos e assim viveu: chorou, angustiou-se, teve medo, teve fome, sentiu cansaço, sofreu, padeceu, foi humilhado, rejeitado e morto.

4. Jesus nunca cedeu às pressões e ofertas de satanás.

“E vivia entre as feras, e os anjos o serviam”

Aqui está mais uma das razões porque agradou o Pai. Como homem “em tudo foi tentado, mas sem pecado”, Hb 4:16. Também em Hebreus 2:17 encontramos a seguinte declaração: “convinha, que em tudo, fosse semelhante aos irmãos”; e ele assim viveu: sem blindagens, sem privilégios, sem imunidades. Apenas sujeitando-se integralmente à vontade do Pai.
A humanidade de Jesus, porém, não foi usada como explicação para pecar. Ele não pecou! Faminto e vivendo entre feras, preferiu ser guardado, aguardar e ser servido pelos anjos de Deus. Sempre que satanás o tentou, revidou dizendo “está escrito” e, assim, manteve-se limpo, íntegro e agradável ao Pai.
Que belíssimos exemplos a serem seguidos por nós que queremos por gratidão agradar o Pai. Que Ele nos ajude!


Comentários

Pr. Denisart Junior disse…
BOA SUA REFLEXAO,PARABENS.
Parabens pastor, como sempre trazendo consolo aos coraçoes com suas refelxoes!!!
Marlineide disse…
Pelo jeito, vc vai continuar me pastoreando, mesmo distante! heheh
Gde abraço Pastor!
Abcdefg disse…
Oh: Gloria, è benção

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