Weslei Odair Orlandi Como sempre se faz depois da extravagância carnavalesca agora chegou a vez da contrição ritualística; está aberta a temporada do sagrado preceito da quaresma. Comer peixe durante quarenta dias é a palavra de ordem a partir do encerramento oficial da festa mais popular do país. Os dias de carnaval são sem limites. Nesse período só é proibido proibir; afora isso tudo pode. Palavras como profano, sensual, luxuria e lascívia de repente entram em efervescência nos jornais escritos e falados com tanta naturalidade que até os ossos ressequidos dos profetas são sacudidos no pó da terra. É a carne em seu estado mais deplorável... Mas agora não. Passados os dias da carne, vêm agora os dias do peixe. Está proibido o uso da carne – a do boi, naturalmente. A outra – essa que Paulo classifica como inimiga de Deus – deverá apenas fingir que foi sufocada. Pelo menos por alguns quarenta dias. Depois a gente vê o que faz. Esse é o jeito “cristão” do povo brasileiro. É assim que noss...
“Quando a nuvem se erguia de sobre a tenda, os filhos de Israel se punham em marcha; e, no lugar onde a nuvem parava, aí os filhos de Israel se acampavam.” Números 9.17 ...................................... Você consegue imaginar a vida sem um sistema moderno de navegação? Imagine uma nave espacial, um avião, um navio, um aventureiro na selva ou um motorista numa grande cidade completamente desorientado! Segundo a Revista Globo Ciência “sem a bússola, os antigos navegadores se orientavam somente de forma visual, com base, essencialmente, na consulta aos astros, incluindo o Sol e as estrelas como balizadores de suas rotas. A partir do século XV, o uso da bússola tornou-se essencial para viabilizar os grandes descobrimentos, sendo na época instrumento obrigatório para a navegação em alto-mar. Nos dias de hoje, caso queira se achar com rapidez e segurança em qualquer parte do mundo, basta ter em mãos um equipamento chamado GPS. Seja no celular, ou em pequenos aparelhos automotivos,...
Weslei Odair Orlandi Imagine sua vida podendo ser rebobinada, refeita, rebatizada, reorganizada e totalmente repaginada. Todos os seus erros seriam esquecidos; as bobagens seriam superadas; as lágrimas evaporadas; as cicatrizes apagadas; tudo, absolutamente tudo o que foi tragicamente feito seria desfeito. Só há um detalhe: as coisas boas também teriam de serem desfeitas. O sorriso apagado, as alegrias sopradas para longe, as emoções afetuosas diluídas e extintas; tudo seria nada. Não restaria existência, a não ser o ponto zero para então recomeçar de novo. Se isso acontecesse pergunto, que bom propósito haveria nisso? Qual a vantagem de se apagar tudo o que foi feito na vida? Outra pergunta: que garantias eu teria de que ao recomeçar (se bem que eu não saberia estar recomeçando, pois para recomeçar é preciso lembrar-se de que começou uma vez, mas até isso foi apagado) não refaria os...
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