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Mostrando postagens de 2009

Para 2010 há bons e maus conselhos: a escolha é sua.

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Weslei Odair Orlandi Todos os fins de ano são parecidos. Quando avistamos dezembro somos tomados por um sentimento de dever cumprido; desaceleramos, realizamos balanços, fazemos as pazes com a balança para não termos de nos sentir culpados com os excessos que certamente virão, recebemos o décimo terceiro salário, pagamos contas antigas, viajamos, recebemos parentes em casa, vamos às compras (alguns preferem esperar pelas liquidações), fazemos planos para o ano novo... Ah, os planos! Como bons brasileiros, somos teimosos, esperançosos, otimistas; não desistimos nunca. O fim de um ano difícil jamais é tido como prenúncio de dias ainda mais críticos; sempre estamos no aguardo de dias melhores. Isto é saudável e está inclusive de acordo com a Bíblia. No livro de Eclesiastes somos desafiados a isso mesmo, afinal de contas “ quem está entre os vivos tem esperança ” (Ec 9:4). Outra presença indispensável no final de ano é a dos conselhos e dicas de auto-aju

É natal, e daí?

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Weslei Odair Orlandi Parece que o natal anda chegando mais cedo do que esperávamos. Lembro-me de quando era criança e ele demorava uma eternidade para se repetir. Quando finalmente o mês de dezembro era anunciado começavam os preparativos, os primos em férias que vinham para casa, os comes e bebes; o refrigerante voltava à mesa, as luzes, os presentes, o parque na cidade, as peças teatrais sobre o nascimento de Jesus. Doces lembranças de quando o natal era mesmo uma data muito especial. Hoje, parece que ele já não encanta tanto. Também, parece que foi ontem que falávamos dele e agora já o temos à nossa frente de novo. Mas, enfim, é natal outra vez, e daí? Mais um ano se foi, águas turbulentas passaram sob pontes teimosas que não se deixaram sucumbir. Todo ano é a mesma coisa: canções alegres, luzes coloridas, comércio em ebulição, papai noel roubando a cena, viagens, encontros, reencontros... Acho que está na hora de aprendermos uma nova maneira de pensar sobre o

O homem, o barril e o abismo.

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Esta é a história de um homem que chegou à beira de um abismo. Enquanto ficava lá pensando o que faria em seguida, o homem surpreendeu-se ao ver uma corda bamba esticada sobre o abismo. E devagar, com segurança, vinha pela corda um acrobata empurrando antes de si um barril com outro artista dentro. Quando chegaram finalmente à terra firme, o acrobata sorriu diante do espanto do homem. - Você não acredita que consigo fazer de novo? - perguntou ele. - Mas claro, com certeza acredito que você consegue - respondeu o homem. O acrobata perguntou novamente, e quando a resposta foi a mesma, ele apontou para o barril e disse: - Tudo bem. Então, entre no barril que eu o levo para o outro lado. Pergunta: O que o viajante fez? Aliás, é exatamente essa a pergunta que devemos fazer a nós mesmos a respeito de Jesus Cristo. (História de Morton Kelsey, citado por Brennan Manning em " O evangelho maltrapilho ", pág. 176-177 - Ed. Mundo Cristão).

A fábula do porco-espinho.

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Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio. Os porcos-espinhos, percebendo a situação, resolveram se juntar em grupos, assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente, mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que ofereciam mais calor. Por isso decidiram se afastar uns dos outros e começaram de novo a morrer congelados. Então precisaram fazer uma escolha: ou desapareciam da Terra ou aceitavam os espinhos dos companheiros. Sem alternativa, decidiram voltar a ficar juntos. Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que a relação com uma pessoa muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro. E assim sobreviveram. Moral da História O melhor relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aprende a conviver com a individualidade do outro, e a aquecer-se nas coisas que têm em comum.

Isso é gratidão, amor, altruísmo...

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No famoso conto de O. Henry, O presente dos magos , uma jovem esposa tem apenas 1,87 dólares para comprar um presente para o marido, e o Natal é no dia seguinte. Ela decide impulsivamente vender seu cabelo longo e abundante para ter como comprar uma corrente para o estimado relógio de ouro dele. Naquele exato momento ele está vendendo o relógio para comprar um presente para ela: escovas especiais para o seu belíssimo cabelo. (Extraído de "O evangelho maltrapilho", Brennan Manning, pág. 122 - Ed. Mundo cristão)

A essência da confiança bíblica.

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Um certo sacerdote das Bahamas conta uma história que captura a essência da confiança bíblica. "Uma casa de dois andares estava pegando fogo. A família - pai, mãe, vários filhos - estava saindo quando o menino mais novo ficou aterrorizado, fugiu de sua mãe e subiu correndo as escadas. Ele de repente apareceu numa janela do andar superior, chorando como louco em meio à fumaça. Seu pai, do lado de fora, gritava: "Pule, filho, pule! Eu pego você". O menino gritou: "Mas, papai, eu não consigo ver o senhor". "Eu sei, disse o pai, mas eu estou vendo você". (Walter J. Burghardt - Tell the next generation, pág. 43 - citado em " O evangelho maltrapilho " pág. 121-122, Ed. Mundo cristão)

Ser cristão.

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Um cristão triste é um cristão falsificado, e um cristão culpado não é cristão coisíssima nenhuma. Arcebispo Joe Reia, citado em o "Evangelho maltrapilho", pág. 119 - Editora Mundo cristão.

Disse Jesus: Eu não me lembro.

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Talvez você já tenha ouvido esta história: há quatro anos, numa grande cidade do extremo oeste, começaram a correr os rumores de que certa mulher católica estava tendo visões de Jesus. Os relatos chegaram ao arcebispo. Ele decidiu verificar. Existe sempre uma linha tênue entre o místico autêntico e a extremidade fanática. - É verdade, minha senhora, que a senhora tem visões de Jesus - perguntou o clérigo. - É - respondeu singelamente a mulher. - Então, na próxima vez que a senhora tiver uma visão, quero que peça que Jesus lhe conte os pecados que confessei na minha última confissão. A mulher ficou perplexa. - Estou ouvindo direito, bispo? O senhor quer mesmo que eu peça a Jesus que me conte os pecados do seu passado? - Exatamente. Por favor, ligue-me se alguma coisa acontecer. Dez dias depois a mulher informou o seu líder espiritual da aparição mais recente. - Por favor, venha - disse ela. Uma hora depois o bispo havia chegado. Ele olhou-a nos olhos. - A senhora acaba de me dizer ao te

Verdade - Carlos Drummond de Andrade

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A porta da verdade estava aberta, mas só deixava passar meia pessoa de cada vez. Assim não era possível atingir toda a verdade, porque a meia pessoa que entrava só trazia o perfil de meia verdade. E sua segunda metade voltava igualmente com meio perfil. E os meios perfis não coincidiam. Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta. Chegaram ao lugar luminoso onde a verdade esplendia seus fogos. Era dividida em metades diferentes uma da outra. Chegou-se a discutir qual a metade mais bela. Nenhuma das duas era totalmente bela. E carecia optar. Cada um optou conforme seu capricho, sua ilusão, sua miopia.

Procura-se um novo Elias.

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Weslei Odair Orlandi A história está cheia de reprises. Aliás, Eclesiastes 1:9-10 diz que “o que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se tornará a fazer; de modo que nada há de novo debaixo do sol. Há alguma coisa que se possa dizer isto é novo? Já foi nos séculos passados, que foram antes de nós”. Digo isto porque os fatos históricos e a vida de Elias estão totalmente relacionados com aquilo que vivemos hoje em nossa nação. Primeiro há a crise social e política. Em seguida vem a crise moral, a crise institucional, a crise religiosa e o problema da idolatria. Tudo isto viveu Elias. Tudo isso vivemos nós. Elias não foi um homem de vida fácil, confortável e popular. Com uma mensagem profética franca, direta e denunciatória reuniu ao longo dos anos muitos inimigos. Seus dias não foram atemporais ou desconectados da história. Há uma semelhança estonteante entre eles e nós. Até parece que o tempo parou o que me faz pensar que precisamos de um novo Elias para essa geração; um ho

2009 - leituras que (timidamente) fiz até agora.

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Weslei Odair Orlandi Lamento a insanidade de não ter priorizado mais cada segundo de 2009. O ano já está nos seus finalmentes e eu ainda li tão pouco. Preciso melhorar. Libertar-me da incompetência de administrar tão mau esses frágeis e ligeiros dias que me têm sido dados. Prometo arrojar-me mais. Viver mais. Ler mais. Descobrir e aventurar-me mais no mundo das ideias. Prometo ir para mais perto de Deus. " Quem lê capta, ainda que em narrativas fictícias, a imensidão humana " - Ricardo Gondim. Eis, o que li: 1. A cabana - William P. Young (Sextante) 2. A águia e a galinha - Leonardo Boff (Vozes) 3. A batalha de todo homem - Stephen Arterburn & Fred Stoeker (Mundo Cristão) 4. Tempus Fugit - Rubem Alves (Paulus) 5. Os miseráveis (vl.1) - Victor Hugo (Martins Fontes) 6. Decepcionado com Deus - Philip Yancey (Mundo Cristão) 7. Confissões de um pastor - Craig Groeschel (Mundo Cristão) 8. Direto ao ponto - Ricardo Gondim (Doxa) 9. Feridos em nome de Deus - Marilia de Camargo C

Dar: o privilégio dos privilégios

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Todo homem que te procura vai pedir-te alguma coisa; o rico aborrecido, a amenidade da tua conversa; o pobre, o teu dinheiro; o triste, um consolo; o débil, um estímulo; o que luta, uma ajuda moral. Todo homem que te busca certamente há de pedir-te alguma coisa. E ousas impacientar-te! Infeliz! A lei oculta, que reparte misteriosamente as excelências, dignou-se outorgar-te o privilégio dos privilégios, o bem dos bens, a prerrogativa das prerrogativas: dar. Tu podes dar! Deverias cair de joelhos e dizer: Graças, meu Deus, porque posso dar! Nunca mais passará por meu semblante uma sombra de impaciência. "Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber" - Palavras do Senhor Jesus (Atos 20:35) (Ricardo Gondim em " Eu creio, mas tenho dúvidas " citando Amado Nervo, poeta mexicano, pág. 92, Ed. Ultimato)

Ladainha - Lourenço Diaféria

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"Dizem que vai faltar o açúcar, todo mundo corre a procurar o doce. Dizem que vai faltar o óleo, todo mundo corre a procurar a fritura. Dizem que vai faltar o trigo, todo mundo corre a procurar a broa. Dizem que vai faltar o fubá, todo mundo corre a procurar o angu. Dizem que vai faltar o ferro, todo mundo corre a procurar a treliça. Dizem que vai faltar o cimento, todo mundo corre a procurar o concreto. Dizem que vai faltar a água, todo mundo corre a procurar o balde. Dizem que vai faltar o sarilho, todo mundo corre a procurar o poço. Dizem que vai faltar o vinagre, todo mundo corre a procurar o vinho. Dizem que vai faltar a luz, todo mundo corre a procurar a vela. Dizem que vai faltar a carne, todo mundo corre a procurar o bife. Dizem que vai faltar o orégano, todo mundo corre a procurar a pizza. Dizem que vai faltar a galinha, todo mundo mundo corre a procurar a canja. Dizem que vai faltar o peixe, todo mundo corre a procurar a moqueca. Dizem que vai

Deus usa os fracos.

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Estou convencido de que se Deus quisesse fazer a obra por outros meios e outros modos não teria chamado Abraão, mas Faraó; não teria começado com um povo insignificante, mas com um povo que sabia construir pirâmides. A história do povo de Deus é a história daqueles que não têm história na História da civilização. Ela só é história para nós, povo de Deus. Vá até a Síria e veja se lá há alguma coisa escrita sobre os profetas de Israel. Você sofrerá uma grande decepção. Faça o mesmo no Egito, na Assíria, e em todo o mundo antigo. Faça isso em relação àquele que rachou a História no meio (Jesus) e você verá que as poucas referências históricas à sua pessoa (extrabíblicas) são razoavelmente insignificantes. Neste ponto estamos diante do fato de que o povo de Deus só tem história no curso futuro da História, nunca na sua contemporaneidade. O que se deu com os profetas dá-se também com o povo de Deus. Para ambos, a História só os reconhece quando já foram. Sendo assim, eles não sabem que fize

Eu falo é da vida.

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Alguém diz que escrevo demais sobre a morte. (...) Nem é da morte que falo quando escrevo a palavra "morte": falo da vida, que um dia será declarada irreversível e irrevogável, com tudo o que fizemos e deixamos de fazer até a hora daquela enigmática visita: desde o nosso primeiro grito ao chamado último suspiro. (Lya Luft em " Pensar é transgredir ", pág. 121-123 - Ed. Record)

Três dias para não esquecer.

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Weslei Odair Orlandi Sexta-feira : a vida não é justa. Esse é o momento da cruz, da entrega, da tragédia, da dor e do sofrimento. CRUZ, MALDITA CRUZ, ENTARDECER. Sábado : a vida em silêncio, expectativa, frustração. É o som sepulcral, das pedras que se interpõem. É o reinado sombrio da incerteza. SEPULTURA, DESILUSÃO. Domingo : a vida reconduzida por Deus ao seu devido lugar. RESSURREIÇÃO, TRIUNFO. Não é bom nos olvidarmos dessa roda viva. Todos nós, mais cedo ou mais tarde, vamos viver nossa sexta-feira particular, nosso sábado de solidão e (Aleluia!!!!) nosso domingo de triunfo. A crucificação, sepultura e ressurreição de Jesus revelou que tipo de mundo e de vida nós temos.

Você precisa saber disso.

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Weslei Odair Orlandi De vez em quando meu filho mais velho quer saber algumas coisas sem respostas sobre Deus. Na mente dele ainda não cabe a idéia de que Ele (Deus) nunca nasceu, de que nunca teve um começo, ou de que Ele pode estar em todos os lugares ao mesmo tempo, fazendo coisas diferentes e etc. Mas não são apenas as crianças que fazem essas perguntas. Alguns adultos também acham impossível que Deus sendo tão grande esteja preocupado com coisas pequenas, ou que sendo tão ocupado possa interessar-se por cada um de nós. Não podemos tentar compreender Deus com medidas de compreensão humana na tentativa de nos decidirmos se vamos crer nele ou não. Deus não pode ser explicado nem dimensionado. Se você é daqueles que perguntam “como é que um Deus tão ocupado pode se interessar por mim?” ou “como é que Deus – Aquele mesmo que criou e cuida de Antares, a estrela gigante que se colocada no lugar do sol a uma distância de 150 milhões de quilômetr

Grandes perguntas - o abridor de latas da consciência.

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(...) A maioria das grandes descobertas e revelações caras à nossa sociedade foi produto de perguntas. (...) Perguntas são a única forma de chegar lá - do outro lado do desconhecido. Por que fazer uma grande pergunta? Perguntar é um convite à aventura, a uma viagem de descobrimento. Partir para uma nova aventura é emocionante; há o profundo encantamento da liberdade, a liberdade de explorar um território novo. Então, por que não fazemos essas perguntas? Perguntar abre a porta para o caos, o desconhecido e o imprevisível. No momento em que fazemos uma pergunta cuja resposta desconhecemos, despertamos para todas as possibilidades. Estamos prontos para receber uma resposta que não gostamos ou com a qual não concordamos? E se a resposta nos deixar desconfortáveis ou nos tirar da área de segurança que construímos para nós mesmos? E se a resposta não for o que desejamos ouvir? Para fazer uma pergunta não é preciso força; é preciso coragem. Uma grande pergunta é isso: algo que pode mudar a di

Um convite à unidade.

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Weslei Odair Orlandi Meu coração está inclinado à unidade. Quando li há alguns anos atrás o best-seller “Uma igreja com propósitos”, escrito por Rick Warren, fui tocado por uma explicação que ele dá sobre a existência de muitas igrejas. Deus ama a diversidade, argumentou ele. Pense por um momento se Deus tivesse feito o mundo usando apenas o amarelo. Seria um tanto quanto insosso cultivar um jardim com flores de várias qualidades. No fim das contas seria tudo amarelo. Mas Deus pensou em tudo e deu-nos de presente uma multiplicidade fantástica de cores com as quais podemos nos deliciar infinitamente. Eureka! Para mim essa analogia de Warren explicou tudo. Primeiramente, percebi que Deus nunca pretendeu nos chamar para a institucionalização do Reino, isto é, nunca quis que perdêssemos de vista a realidade do Salmo 133. Ele nunca quis privilegiar alguns em detrimento de outros. No entanto, o que se observa hoje – com as devidas exceções, é claro – é um movimento contrário, encabeçado por

Deus cuida de seus filhos

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Weslei Odair Orlandi Quanto mais leio a Bíblia, mais convencido e empolgado eu fico com alguns pontos fundamentais da natureza de Deus. Deus possui dois aspectos importantes na sua natureza que chamamos na teologia de atributos ou virtudes – atributos naturais e atributos morais. O que eu sei e acredito sobre Ele, sobre a maneira como se relaciona conosco e como devo me relacionar com Ele são pontos muito importantes nos processos da nossa fé. Isso é decisivo para cada um de nós. Este deve ser nosso ponto de partida nesse artigo e essa é a razão porque eu gostaria que você prestasse bastante atenção àquilo sobre o que vamos conversar hoje. Primeiro: Deus é onipotente – pode todas as coisas. Aliás, não crer na sua onipotência seria o mesmo que negar a sua existência. Segundo: Ele é onipresente – está em todos os lugares. Terceiro: Deus é onisciente – sabe todas as coisas. Qual é a relevância prática desses atributos divinos para nós seres mortais? Toda. Se Deus é Onipotente, então é tam

Os profetas

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Ricardo Gondim Os profetas marcaram a história judaica por se oporem ao cerimonialismo religioso sustentado pela lógica sacrificial e pelo peleguismo sacerdotal. Eles forneceram conteúdos éticos à consciência política e ao tecido social. Os profetas encararam o rei para defender viúvas pobres. Amargaram a pobreza para denunciar desvios morais entre o povo. Os profetas eram moscas que atrapalhavam a sala do perfumista corrupto; suas palavras, martelos que despedaçavam corações de pedra; seus olhos, faíscas do fogo consumidor da justiça. Se vidas corriam perigo, não temiam descer em fossas fétidas. Não havia dinheiro que os comprasse. Os profetas desmascaravam personagens que ritualizavam a espiritualidade, desdouravam promessas de paz e caminhavam na contramão do sucesso. Os profetas detectavam os blefes do jogo do poder. De dedo em riste, saiam do palácio para clamar no deserto. Mesmo sabendo que não seriam ouvidos, insistiam em prenunciar os despenhadeiros que a falta de amor abria. P

You are not alone.

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Ellen Caroline Valvassori I believe EVERYone feels lonely any time in life.And nobody likes to be lonely. That's why we have friends, and family. I'm sure I have good friends whom I can trust. But I cannot expect toomuch from them.No matter how much you trust your friends, how good they are,I'm sure I can say they can fail you, just because every human can fail.But there is one who will never fail, that one is God.In Hebrews 13:5 He says "Never will I forsake you, never will I leave you." Some of us are blessed with friends whom we can trust till death, whom we can tell 99.9% of our things, but even the best friends on earth canfail, because people are limited, they can't be with you as God can bewith you. People come and go, people can't always be there right whenyou need, and when they can, they can't always give the right answer,the right advice, or the right feeling of comfort you were expecting for.But God, who is the truth, said "I will neve

O desafio de tornar-se semelhante a Jesus.

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Weslei Odair Orlandi “Pois aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho” (Rm 8:29). Há nos evangelhos pelo menos duas outras grandes afirmações de Jesus que fazem coro a essas palavras de Paulo escritas aos Romanos (e também muitas outras em toda a Bíblia). São elas: Lucas 6:40 – “O discípulo não é superior a seu mestre, mas todo o que for perfeito será como o seu mestre”. João 14:12 – “Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço e as fará maiores do que estas, porque eu vou para o meu pai”. Porém é difícil imaginarmos como isso pode acontecer. Temos a tendência de nos desautorizarmos à prática dessa “aventura” enfatizando quem Ele é também a distância que há entre nós e Sua pessoa. Como posso tornar-me semelhante a Jesus? – indagamos esquivos – Ele é Todo-poderoso, Santo e divino; eu sou pó da terra, pecador e homem. Esse é o engano que me proponho a desfazer neste artigo. Podemos sim –

Destino - visão grega e judaico-cristã

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O Destino* é uma divindade cega, inexorével, nascida da Noite e do Caos. Todas as outras divindades estão submetidas ao seu poder. Os Céus, a Terra, o Tártaro e os Infernos estão submetidos ao seu poder. Suas resoluções são irrevogáveis. Em resumo, o Destino é essa fatalidade segundo a qual tudo acontece no mundo. Os destinos individuais ou coletivos podiam ser consultados pelos deuses, mas não alterados. Para demonstrar sua inflexibilidade, os antigos o representavam por uma roda que prende uma corrente, no alto da roda uma grande pedra e, embaixo, duas cornucópias com pontas de lança. Só os oráculos podiam entrever e revelar o que estava escrito no livro do Destino. (Márcio Pugliesi em " Mitologia greco-romana, arquétipos dos deuses e heróis ", pág. 37-38 - Ed. Madras) * A cosmovisão judaico-cristã, neste ponto, difere radicalmente do mundo helênico. Tanto para o judaísmo como, posteriormente o cristianismo, não existem fatos inevitáveis. Tanto no AT quanto no NT há sempre

Suplício de tântalo.

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Na mitologia grega , Tântalo foi um mitológico rei da Frígia ou da Lídia , casado com Dione . Ele era filho de Zeus e da príncesa Plota . Segundo outras versões, Tântalo era filho do Rei Tmolo da Lídia (deus associado à montanha de mesmo nome). Teve três filhos: Níobe , Dascilo e Pélope . Certa vez, ousando testar a omnisciência dos deuses, roubou os manjares divinos e serviu-lhes a carne do próprio filho Pélope num festim. Como castigo foi lançado ao Tártaro , onde, num vale abundante em vegetação e água, foi sentenciado a não poder saciar sua fome e sede, visto que, ao aproximar-se da água esta escoava e ao erguer-se para colher os frutos das árvores, os ramos moviam-se para longe de seu alcance sob força do vento. A expressão suplício de Tântalo refere-se ao sofrimento daquele que deseja algo aparentemente próximo, porém, inalcançável, a exemplo do ditado popular "Tão perto e, ainda assim, tão longe". Houve outros personagens com o nome Tântalo: um rei de Pisa no Pelo

Perdi a fé, mas não sou incrédulo.

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Sem qualquer constrangimento, sem medo, saio do armário e confesso publicamente: Perdi a minha fé. Perdi a fé em um Deus que precisa de pilha para mover o braço. Perdi a fé em um Deus que recusa atender qualquer petição enquanto não houver santidade total. Perdi a fé em um Deus que só opera nas micro-realidades. Perdi a fé em um Deus discriminatório. Perdi a fé, mas não sou um incrédulo. Ganhei uma nova fé que celebra a imanência de Deus. Ganhei uma nova fé que bendiz a compreensibilidade de Deus. Ganhei uma fé que não espera por intervenções divinas. Creio que os valores do Reino são suficientes para que eu atravesse a vida sem perder a alma. Ganhei uma fé que não tem expectativas de favoritismo. Estou feliz pela fé que perdi, mas esfuziante com a nova fé que ganhei. (Ricardo Gondim em " Direto ao ponto - ensaios sobre Deus e a vida ", pág. 103-106 - Doxa)

Fé.

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Como não consigo varrer para debaixo dos tapetes misteriosos da teologia, as respostas que preciso dar a mim mesmo, iniciei uma nova jornada para entender o significado da fé. 1. Fé não significa, para mim, uma força projetada na direção de Deus que o induz a agir. 2. Fé já não significa, para mim, uma senha que escancara as janelas das bênçãos celestiais. 3. Para mim fé significa acreditar que os valores, os princípios e as virtudes do Evangelho bastam para que eu enfrente a vida com todas as suas vicissitudes. 4. Fé significa, para mim, que o Espírito de Cristo dá gana de olhar para história com coragem, sem precisar apelar para o mágico, para o feitiço e para o sobrenatural. Por causa da fé não pedimos para ser poupados da dor. 5. A fé bíblica convoca que andemos nas pegadas de Jesus e não encolhamos diante do patrulhamento religioso, da perseguição e da morte, impostos pelos regimes imperialistas. 6. Fé significa, para mim, a possibilidade de rebelião contra o " status quo &qu

Ações que se eternizam

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Weslei Odair Orlandi Viver é uma dádiva divina. Em Deus existimos, vivemos e nos movemos. Por isso indagar se vale a pena viver é claramente descabido, mas e quanto ao que estamos vivendo? Vale a pena? Penso que algumas das nossas ações do dia a dia estão mesmo destinadas a não se tornarem perenes. Ao contrário disso, serão eternamente efêmeras (se é que esse paradoxo faz algum sentido). Por exemplo, daqui a um século que diferença fará se fui calvo ou se ostentei uma bela cabeleira? Que diferença fará se fui considerado pelos padrões de beleza bonito ou feio? Que diferença fará se andei a pé ou se usufrui dos confortos de uma Ferrari? Que diferença fará se paguei aluguel ou fui dono de um castelo? Creio que não fará diferença alguma! Se fui rico ou pobre, branco, negro ou amarelo, letrado ou iletrado, se conheci lugares pitorescos ou se nunca cruzei as fronteiras do meu estado... Nada disso importará mais. Dentro de alguns anos todas essas coisas haver-se-ão destruídas por si mesmas.

Pastor, não psicólogo.

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Quando alguém vai até o pastor, não está procurando um psicólogo, mas um pastor. É grande a frustração quando, em vez de pernetrar nos labirintos da alma humana e conduzir as ovelhas de Cristo no caminho da comunhão e da reconciliação, o pastor envereda por conversas, perguntas e preocupações que nenhuma relação têm com a oração, com Deus e com a vida outorgada a ele. (Eugene Peterson em " A vocação espiritual do pastor ", pág. 9 - Ed. Textus)

Encarnação

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Alysson Amorim Rasgar o mar com a adaga flamejante de um general; arrepender-se; fazer de uma mulher matéria-prima para um bloco salino – tais são operações impossíveis a um Ser eterno. A mulher corre, olha para trás e é acorrentada ao solo, toda dura e toda branca como eram seus dentes. A operação, se ao final paralisa, tem um final e tem uma gênese – é uma operação realizada na delirante sucessão a que chamamos tempo. Do mesmo modo, o arrependimento implica a negação de um momento em outro e a mão que feriu o mar foi a mesma que fechou a ferida em um segundo momento. A eternidade, conforme concebida pelos homens, não é em nenhuma de suas variações a mera agregação de passado, presente e futuro – é, na sentença de Borges, “algo mais simples e mais mágico: é a simultaneidade desses tempos.” Na eternidade a sucessão não existe. Deus, enquanto Ser eterno, vê-se impedido de vestir a capa do general; sofre da terrível limitação que lhe impõe a eternidade. Criou os homens a sua imagem e se

Seminário Teológico Trindade.

No dia 29 de junho de 2009 , no templo da Igreja do Evangelho Pleno, estaremos realizando a assembleia de fundação do Seminário Teológico Trindade em Umuarama - Pr. Os interessados em participar dessa conquista devem estar presentes no local às 20 horas .

Ocupação e tédio.

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O grande paradoxo de nosso tempo é que muitos de nós estamos ocupados e entediados ao mesmo tempo. Enquanto corremos de um evento a outro, indagamos, no fundo de nosso ser, se realmente algo está acontecendo. Enquanto dificilmente conseguimos dar conta de nossas muitas tarefas e obrigações, não estamos tão certos de que isso fará, afinal, qualquer diferença caso não façamos nada. (Henry Nowven em " Tudo se fez novo ", pág. 33 - Ed. Palavra)

Porque Deus não é o número 1.

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Weslei Odair Orlandi Por muito tempo eu ensinei que Deus deve ser o número 1 da minha vida e que todas as coisas devem se tornar secundária. Mudei de ideia. Não penso mais assim e, portanto, não vou ensinar mais que o topo da lista deve ser o lugar de Deus em nossas vidas. Não se assuste. Não abandone a leitura desse artigo e, por favor, não tire conclusões precipitadas. Eu explico por que. Eugene Peterson diz que nós mudamos as palavras e então elas nos mudam. Isso vale também para os conceitos. Se nós os mudamos eles também nos mudam. O problema de vivermos essa lógica matemática (Deus primeiro e depois outras coisas) é que passamos a ver tudo como uma hierarquia, uma pirâmide. Se colocamos Deus no topo, o que isso realmente significa? Quanto tempo vamos dedicar a ele antes de podermos cuidar das outras coisas? Deus não pode ser o número 1 da nossa vida porque ele não quer ocupar apenas um espaço de nós – neste caso, o topo da lista. Mesmo que pudéssemos dar a ele o maior pedaço da n